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30 de set. de 2009

Parlamento catarinense faz homenagem a Paulo Stuart Wright, deputado que desapareceu no período da ditadura militar

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina viveu, na noite de terça-feira, (29/09), mais um momento marcante em sua história de 175 anos. Foi a homenagem feita à memória e trajetória do ex-deputado Paulo Stuart Wright, desaparecido no período da ditadura militar. A iniciativa foi do presidente do Poder Legislativo. Participaram do evento familiares e amigos do político, além de representantes do Movimento Pró-Memória, Memorial dos Direitos Humanos (que reúne UFSC, Udesc e Assembleia), Igreja Presbiteriana e do Instituto Paulo Stuart Wright. O ato foi realizado no Plenarinho da Assembleia, que leva o nome do político desaparecido.

Natural do município de Joaçaba, no Oeste catarinense, Paulo Stuart Wright nasceu em julho de 1933. Filho de missionários presbiterianos americanos, seu interesse pelas causas populares despontou ainda quando adolescente e fez com que entrasse para a vida política em 1961, quando se candidatou à prefeitura de sua cidade. No ano seguinte conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa, pelo Partido Social Progressista (PSP). Porém, seu mandato durou pouco tempo. Em 1964, após o golpe militar, foi cassado e partiu para o exílio, passando pelo México, Cuba e China. Ele também era membro da Ação Popular, um movimento que procurava promover a inserção social e a conscientização política da sociedade e que não foi reconhecido pelo governo golpista.

Clandestinamente, Paulo retornou ao país nove anos depois, quando foi preso numa estação de trem da periferia de São Paulo e desapareceu. Até os dias atuais permanece a ausência de informações sobre seu destino após a prisão. Em vários momentos os presentes ao ato de homenagem manifestaram a tristeza não só pelo desaparecimento de um líder que lutava pelos direitos do povo, mas principalmente pelo fato de a família e companheiros não terem podido promover um funeral digno.

Diante deste fato, que há 36 anos atormenta familiares e amigos, o Parlamento, através dessa homenagem, procura manter viva a história em prol dos direitos humanos que Paulo sempre defendeu. Emocionado, João Paulo Wright, filho do político desaparecido, falou sobre o sentimento diário de querer encontrar seu pai, o mesmo sentimento que, em geral, atinge os que perderam seus entes queridos durante a ditadura militar. “A democracia brasileira está preparada para receber as respostas para perguntas que nos assolam todos os dias. Chegou a hora de os arquivos do DOPS serem abertos e revelados. Só assim vamos saber os destinos das pessoas desaparecidas na época. Quanto mais tempo passar, mais longe estaremos da verdade”, lamentou.

Para Marlene Rocha, presidente do Instituto Paulo Stuart Wright, cuja sede é na Capital catarinense, esse é o momento de dar continuidade à luta do ex-parlamentar pelos direitos humanos. “O instituto, assim como a família, quer saber o destino de Paulo. Por esse ideal continuamos lutando. Esse acontecimento não é importante apenas para a história de Santa Catarina, mas para o Brasil, por isso deve servir de exemplo e para que os torturadores sejam punidos. Só assim períodos ruins e difíceis como o da ditadura militar não acontecerão mais”, ressaltou.

Dois momentos marcaram a homenagem. Primeiro, a entrega de uma placa, em nome do Poder Legislativo, ao Padre Alípio de Freitas, que conviveu com Paulo no período de exílio. Ele destacou que manter viva a memória é fundamental. “Quando alguém perde a memória, perde tudo. A pior morte não é morrer fisicamente numa câmara de tortura, mas ver que ninguém se lembra da sua luta”, frisou.

No segundo momento, a entrega de um quadro com a foto de Paulo Stuart Wright e um trecho de seu primeiro pronunciamento na condição de deputado estadual. O presente foi entregue por João Paulo Wright ao presidente da Alesc.

Estiveram presentes ao evento os deputados Pedro Uczai (PT), que assumiu a presidência do ato após a abertura, Jailson Lima (PT) e Sargento Amauri Soares (PDT).

Fonte: Tatiani Magalhães/Divulgação Alesc

[foto] Pesca em Brasília


Brasília - Pescadores que participam da 1ª Conferência de Pesca Artesanal fazem protesto em frente ao espelho d'água do Congresso Nacional

Foto: Marcello Casal Jr/ABr

27 de set. de 2009

Delegados de SC: pior salário do Brasil

O deputado Joares Ponticelli (PP) destacou da tribuna da Assembleia Legislativa, nos dias 17 e 24, a situação salarial dos delegados da Polícia Civil de Santa Catarina, que ganham, segundo ele, o pior salário entre seus pares das outras federações do país.

O progressista apresentou a ilustração das camisetas que agora vão fazer parte do uniforme dos delegados. Olha o discurso dele do dia 17; a foto é do dia 24:

"Delegado de polícia em Santa Catarina ganha o pior salário do Brasil, e o delegado é o primeiro garantidor do nosso direito, da ampla defesa. Os delegados de polícia de Santa Catarina com dez, 15 anos de carreira já podem entrar no programa habitacional do governo Lula porque é exigida uma renda de três a dez salários mínimos apenas, e um delegado com dez anos de carreira em Santa Catarina ganha menos do que dez salários mínimos."


Foto: Divulgação Alesc [clique para ampliar]

25 de set. de 2009

[foto] Dia de sol em Florianópolis



Às 17 horas, o congestionamento na Avenida Governador Gustavo Richard, sentido ponte, já chegava próximo do Túnel Antonieta de Barros.

Fotos: Alexandre Brandão [clique nas fotos para ampliar]

Autocrítica

Agradeço ao comentarista anônimo a correção à informação aqui publicada erroneamente sobre sobre a qualificação dos cursos de aperfeiçoamento de oficiais (CAO) e superior de polícia (CSP). Tanto um como o outro são de especialização "lato sensu", ou seja, não fornecem um título de mestre ou de doutor, e não dependem de autorização ou reconhecimento pelo MEC, de acordo com a própria definição do Ministério da Educação.

Não chequei a informação repassada e publiquei coisa errada. Isso explica, mas não justifica. Afinal, minha função não é publicar boatos, mas informação correta e verdadeira.

No entanto, não aceito o rótulo de propagandista da "discórdia e desarmonia". Afinal, não sou responsável por confeccionar e aprovar as leis que geram esses substantivos. Tampouco, sou praticante de "tratamento discriminatório e arrogante". Se as diferenças existem, a culpa não é de quem as revelam, mas de quem as criam e alimentam.

A propósito, se o comentarista quiser continuar o debate, dada a proximidade do convívio diário, pode escrever para meu e-mail, que garanto anonimato ao público.

24 de set. de 2009

Enquanto isso, na Sala da Presidência da Alesc ...

Alguns políticos parecem que não sabem a diferença entre o público e o privado, ou ainda, entre o partido e o governo. Nas fotos a seguir, "cerimônia" de filiação ao PSDB na sala da Presidência, ora ocupada pelo deputado tucano Jorginho Mello, que provavelmente foi o promotor do evento. Com exceção do secretário da Saúde, tucano Dado Cherem, e do chefe da Casa Militar da Alesc, tenente-coronel Luiz Roberto de Quadros, não sei quem são as outras pessoas.

A sala da Presidência é espaço da Casa onde são recebidas as autoridades e acontecem as cerimônias do principal representante do Poder Legislativo, portanto, não pertence a nenhum partido.

Se fosse na Sala de Imprensa, acho que seria mais tranquilo, inclusive para os fotógrafos da Casa fazerem a cobertura, apesar de ser ainda discutível.

De qualquer forma, minha opinião é o que menos importa.



Fotos: Eduardo Guedes Oliveira (clique para ampliar)

23 de set. de 2009

Mais leis da segurança pública

O decreto que regulamenta o adicional de pós-graduação da Lei Complementar 454/2009 - lei que pretende "valorizar" os militares - está com o governo pronto para ser encaminhado à Assembleia Legislativa. De acordo com o artigo 9º da lei, serão concedidos adicionais de 13% para especialização; 16% para mestrado; e 19% para doutorado.

Para lembrar, os cursos de formação de oficiais, de dois anos, são considerados especialização, já que a partir da LC 454 podem entrar somente bacharéis em direito. E o curso de aperfeiçoamento de oficiais (CAO), de dois meses, vale por um mestrado. Já os curso superior de polícia (CSP), de quatro meses, é o mesmo que um doutorado.

Para lembrar, os cursos de formação de oficiais (CFO) são de quatro anos e valem como um curso superior. Já os cursos de aperfeiçoamento de oficiais (CAO) e superior de polícia (CSP), de quatro meses, são de especialização "lato sensu". Mas com a LC 454 em vigor, que exige o curso de bacharel em Direito para o ingresso ao CFO, muita coisa pode mudar com decreto que está por vir.

O CFO pode ser reduzido e ter o valor de especialização, afinal, desde agosto de 2009 todos já entram com nível superior. E não parece lógico que o curso de formação vai ter o mesmo peso. Dessa forma, concluído o CFO, 13% de adicional já está garantido. E o CAO e o CSP, também remodelados, podem (repito, podem) valer como mestrado e doutorado, respectivamente. Afinal, também não parece lógico que toda formação dentro da Academia da Trindade vai ser apenas de especialização.

Tanto isso é possível que a academia militar teve seu nome mudado para "Centro Universitário para Defesa e Segurança Pública com Cidadania da Polícia Militar de Santa Catarina (CEUSCIPM)" e para "Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP)". E centros universitários podem ofertar de graduação a doutorado e, de acordo com o MEC, "têm autonomia para criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior".

O que intriga ainda é o salto pequeno de adicional de especialização para doutorado - de apenas 6%. Enquanto que, da graduação para a especialização, são exatamente os 13%.

Mais

Os projetos de movimentação funcional na Polícia Militar e o plano de carreira dos oficiais também estão prontos para aportar na Alesc.

No entanto, somente quando o governo publicar os projetos, ou encaminhar para a Alesc, vai ser possível ter uma noção clara do que está por vir. Afinal, em 2009 retornou à era em que as leis da segurança eram tratadas de forma secreta até o último instante. Enquanto esses projetos não são tornados públicos, nos sobram os anteprojetos de corredores.

Esse post foi corrigido e atualizado às 14:36 de 25 de setembro. A autocrítica está aqui.

Honduras em silêncio: Rádio Globo fora do ar

Por volta das dez horas da noite de terça-feira recebeu-se a notícia de que tinha explodido um gerador da Rádio Globo de Honduras e ela foi tirada do ar, no sistema convencional, mas seguiu transmitindo via internet. Pouco depois, em todas as rádios entrou uma cadeia nacional, com o presidente golpista Micheletti, primeiro falando em inglês e depois em espanhol, dizendo que era para o povo ficar em casa. Logo em seguida a Rádio Globo foi tirada do sistema online. As denúncias chegaram por colegas jornalistas que atuam naquele país. Agora de manhã ainda não conseguimos nenhuma notícia, embora a Telesur ainda consiga transmitir desde a embaixada brasileira. Honduras é silêncio. Por Elaine Tavares

22 de set. de 2009

Em Honduras, jornalismo de resistência

Jornalismo de resistência

Por Elaine Tavares - jornalista

22.09.2009 - Nada é mais animador do que acompanhar a cobertura jornalística da Rádio Globo de Honduras nestes dias de golpe de estado. Primeiro porque a equipe chefiada por Don David Romero imediatamente tomou posição: contrária ao golpe. Claramente, sem vacilação. E depois, pela postura jornalística que esta mesma equipe tomou ao longo destes meses. Os jornalistas noticiam dia e noite tudo o que acontece no país. As mobilizações populares, as reuniões, os debates. Eles abrem o microfone para todas as vozes, mesmo as golpistas.

A rádio Globo e toda sua equipe está sendo nestes dias um ponto de apoio para toda a população. As pessoas confiam nos repórteres, ligam dos cantos mais remotos do país, passam informações, chamam seus companheiros para mobilizações. Usam a rádio como um espaço democrático e participativo de união e mobilização. E os jornalistas não se furtam a passar sua opinião sobre os atos dos golpistas.

Hoje, dia 22 de setembro, eram cinco horas da manhã quando o exército hondurenho chegou diante da embaixada brasileira e ali estavam os repórteres da Rádio Globo, relatando tudo. E mais, chamando o povo a sair de casa, a vir para a rua e se manifestar em apoio da legalidade constitucional, que é o retorno de Zelaya ao governo. Para quem vive num país onde a maioria dos jornalistas é cortesã do poder, este é um momento de pura emoção. Os jornalistas hondurenhos, pelo menos os da rádio Globo, estão do lado da maioria das gentes. Eles não ficam protegidos pelo exército golpista. Eles ficam no meio do povo, correndo os mesmos riscos.

Naquelas primeiras horas da manhã, as gentes que vivem longe da capital, congestionavam as linhas da rádio para passar informação. O país inteiro se expressa pelas ondas livres desta emissora que, apesar de privada e pertencer a um liberal, encontrou no seu corpo jornalístico o esteio onde amparar a realidade vista pelos olhos do povo.

Para nós, que somos informados pelo jornalismo entreguista e amorfo das grandes redes do Brasil, ouvir a Rádio Globo de Honduras é quase como sorver o néctar daquilo que devia ser o jornalismo em todos os lugares. Um fazer absolutamente encarnado na vida real, das maiorias, do povo. Um espaço de expressão de todas as vozes e não só de algumas. A equipe de jornalistas da Rádio Globo me enche de orgulho de ser o que sou: jornalista. Alguém comprometido e parcial. Porque não dá para ser neutro diante de um golpe ou diante da destruição da vida das gentes. Que vivam os jornalistas de Honduras, uma categoria que tem o amor e a confiança do povo. Coisa rara e por isso digna de nota.

www.radioglobohonduras.com.br
Pobres & Nojentas - www.pobresenojentas.blogspot.com

21 de set. de 2009

Situação crítica em Honduras

O clima político começa a ficar tenso em Honduras com a chegada de Zelaya ao seu país. O governo golpista acaba de declarar toque de recolher, em cadeia nacional de rádio e televisão, entre 4 horas da tarde de segunda-feira até às 7 horas de terça-feira. Agora em Honduras são 3h45 da tarde. A Rádio Globo, principal meio de comunicação da resistência, está com a transmissão suspensa pela internet. Frentes militares começam a chegar na capital Tegucigalpa.


Zelaya está de volta à Honduras

Deposto por um golpe militar, o presidente Manuel Zelaya retornou para o país que ele governa, nessa madrugada, informam as agências de notícias internacionais. Ele está alojado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital hondurenha. A população está concentrada em frente da embaixada e comemora seu retorno, além disso, manifestam agradeecimento ao governo brasileiro por conceder seu espaço diplomático, que não pode ser invadido pelas forças golpistas.

Zelaya já concedeu entrevista para a Rádio Globo e fez um aparecimento para a TV Maya.

Mais informações no blog Honduras é Logo Ali, do movimento homônimo e conduzido pelo jornalista Celso Martins, que deixou todos seus afazeres para se dedicar à cobertura do evento.


19 de set. de 2009

Comissão de Turismo promove nova audiência para debater a instalação de fosfateira em Anitápolis

Com o objetivo de discutir os impactos socioeconômicos e ambientais da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), a ser instalada no município de Anitápolis, a Assembleia Legislativa, por intermédio da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, vai promover a segunda audiência pública para tratar do assunto. O encontro está previsto para acontecer no dia 25 de setembro, às 16 horas, no salão paroquial de Braço do Norte, Sul do estado. A Indústria de Fosfatados Catarinense já tem uma Licença Ambiental Prévia (LAP) concedida pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma).

Abaixo, cartaz convocando comunidade para protesto contra a fosfateira, clique para ampliar:


18 de set. de 2009

Comando da Polícia Militar contra-ataca 3

Na tarde de quinta-feira (17/09), o comandante geral da Polícia Militar, coronel Eliésio Rodrigues, convocou os comandantes dos cinco batalhões da Grande Florianópolis para reunião em sua sala: 4° Batalhão (Florianópolis), 7° Batalhão (São José), 16° Batalhão (Palhoça), 21° Batalhão (Continente) e 22° Batalhão (Norte da Ilha). A pauta: guarda municipal.

Comando da Polícia Militar contra-ataca 2

Foram três as autoridades que receberam documentação por parte do comandante geral da Polícia Militar pedindo providências em relação à ocorrência do dia 4 de setembro, envolvendo a Polícia Civil e a Guarda Municipal de Florianópolis. Para cada uma, o coronel Eliésio Rodrigues fez um pedido diferente:

Ronaldo Benedet, secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão

"(...) solicito a Vossa Excelência que determine a Corregedoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão a apuração destes fatos, buscando a responsabilização dos policiais civis envolvidos e que a Polícia Civil de Santa Catarina seja instada a cumprir a Constituição Federal, no que diz respeito à sua competência de atuação."

Dário Berger, prefeito Florianópolis

"(...) solicito a adoção das providências administrativas necessárias para que os Guardas Municipais envolvidos nestes fatos sejam responsabilizados e que a Guarda Municipal de Florianópolis seja instada a cumprir a Constituição Federal, no que diz respeito à sua competência de atuação."

Gersino Gerson Gomes Neto, procurador-geral de Justiça do Estado de Santa Catarina

"(...) solicito que o Ministério Público Estadual, como custus legis, adote as providências legais necessárias para que os servidores públicos envolvidos nestes fatos sejam responsabilizados e tanto a Guarda Municipal de Florianópolis quanto a Polícia Civil de Santa Catarina sejam instadas a cumprir a Constituição Federal no que diz respeito às suas competências de atuação."

Professores aprovam desfiliação da Andes

Notícia publicada no site da Apufsc:

Em votação que se estendeu pelo dia inteiro e cuja apuração terminou à 0h30 minutos desta sexta-feira, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina aprovaram a desfiliação da Andes e a transformação da Apufsc em sindicato autônomo. 1.040 dos 2.540 professores sindicalizados deixaram seus votos nas 23 urnas espalhadas por todas as unidades de ensino da UFSC.

Confira a seguir o resultado geral da votação:

a) A Apufsc deve se desfiliar da Andes?
Sim: 614 votos (59,04%)
Não: 403 votos (38,75%)
Em branco: 20
Nulos: 03

b) A Apufsc deve transformar-se em Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical)?
Sim: 587 votos (56,44%)
Não: 399 votos (38,37%)
Em branco: 49
Nulos: 05

17 de set. de 2009

Comando da Polícia Militar contra-ataca

O documento enviado pelo comandante geral da PM, Eliésio Rodrigues, para algumas autoridades do Estado, denunciando ilegalidade da ação da Guarda Municipal de Florianópolis, em conjunto com a Polícia Civil, é parte de um conjunto de instruções do Comando para coibir o avanço das guardas municipais. Há indicações internas de como se deve proceder diante dessas ocorrências

Mais que isso. É uma represália aos demais órgãos e carreiras da segurança pública, que estão se unindo para minar o poder dos oficiais.

A união contra o oficialato foi selada na noite do dia 29 de julho, na sala do diretor da Academia da Polícia Civil - local onde acontecia a etapa estadual da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg).

Naquela noite, várias horas foram consumidas para se traçar uma estratégia a fim de se fazer com que a diretriz da desmilitarização fosse vitoriosa. Praças da Polícia e Bombeiro Militar, principais defensores da tese, delegados, a base da Polícia Civil e as guardas municipais acordaram jogar todos seus votos e influência na desmilitarização.

O esforço de convencer a sociedade civil foi a parte mais tranquila, pois estes já sabiam muito bem que não faz mais sentido, nos dias de hoje, uma polícia militarizada.

Esquema

Os oficiais já haviam feito o trabalho, nos grupos de discussão, de combate à tese da desmilitarização, em primeiro lugar, e depois, em segundo lugar, a defesa da diretriz de ciclo completo para as polícias - assunto que afeta e contraria diretamente os delegados. Para isso, o Comando da PM montou um esquema para facilitar a participação do oficialato: recrutou praças fiéis aos oficiais para ocupar as vagas pertencentes à representação legítima e autônoma da categoria; convocou 76 oficiais da PM - número que representa cerca de 12% do quadro, sem contar os bombeiros; e ainda determinou "liberação total", conforme portaria assinada pelo coronel Eliésio, oferecendo transporte e todas "condições necessárias".

Como todo esse esforço foi insuficiente, tiveram que se utilizar do expediente de apresentar mais representantes para votar no Conseg do que tinham direito. Essa manobra foi percebida pelos delegados, e a comissão organizadora teve que pedir aos oficiais que não tinham direito de voto que, gentilmente, deixassem de votar ou, simplesmente, se retirassem das salas. Isso representou também uma espécie de senha para a sociedade civil tomar conhecimento das intenções de cada grupo.

Ausentes na reunião, os peritos do Instituto Geral de Perícia, que no dia anterior estavam alinhados aos oficiais, por telefone, receberam forte crítica do grupo e foram convencidos a mudar de lado. Até porque os servidores do IGP tinham interesse em ver aprovada a diretriz de independência do órgão, dessa forma também precisavam de apoio. Chegou-se a cogitar que os delegados iam defender a volta do Instituto ao guarda-chuva da Polícia Civil, caso os peritos não apoiassem a desmilitarização. Eles fizeram a opção contra os oficiais.

Os guardas municipais também receberam apoio às suas demandas, e união foi vitoriosa: a desmilitarização foi a diretriz mais votada, e a do ciclo completo não recebeu sufrágio suficiente para ficar entre as 12 mais votadas. Os oficiais amargaram essa derrota, e agora, ao que tudo indica, estão indo à desforra.

Premiação de vinho catarinense em concurso internacional é destaque em Plenário

17/09/2009 - 13h02min

Fonte: Scheila Dziedzic/Divulgação Alesc

A presença de Santa Catarina no cenário dos vinhos de qualidade foi destacada pelo deputado Reno Caramori (PP), em Plenário, nesta manhã (17). O parlamentar comemorou a conquista da Vinícola Sanjo, de São Joaquim, que recebeu duas medalhas de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas, na etapa realizada em Pernambuco.
Dos três vinhos a receberem a medalha Gran Ouro, um foi o Núbio Cabernet Sauvignon 2005, descrito no site da vinícola como uma bebida de “cor vermelho violáceo, com aromas de frutas vermelhas maduras, combinadas com café, baunilha e leve tostado. Com bom corpo, ótima concentração de fruta com taninos doces e um agradável final frutado”.
O “Maestrale Cabernet Sauvignon 2005”, que recebeu a medalha ouro e também é produzido pela Sanjo, é um vinho “de cor vermelho rubi intenso, apresenta aromas de frutas, pimentas negras, especiarias e baunilha. Leve tostado e excelente bouquet. Com taninos macios, apresenta excelente harmonia entre madeira e fruta, com final longo e agradável.
Segundo Caramori, este é o reconhecimento a mais uma vinícola catarinense que, como as demais também já premiadas, primam pela qualidade contando com estrutura qualificada para garantir um processo de produção competitivo. “Todas as nossas vinícolas trabalham com profissionais da melhor categoria para garantir um produto que cada vez mais vem se destacando: os vinhos de altitude. Cada vinícola tem seu enólogo e engenheiro agrônomo”, comentou. Caramori lembrou ainda que, assim como os vinhos, os espumantes produzidos pelas vinícolas em Santa Catarina têm sido agraciados com prêmios em concursos nacionais e internacionais.
Premiada
A Cooperativa Agrícola de São Joaquim (Sanjo) foi fundada em 1993. Aproveitando o clima da Serra catarinense, em 2002 começou a implantação de seus vinhedos, numa altitude de 1.000 a 1.400 metros de altitude. Além da variedade Cabernet Sauvignon, dos vinhos premiados, são produzidos: Merlot, Chadornnay e Sauvignon Blanc.

Concursados querem trabalhar logo na Polícia Civil

Policiais civis, delegados e agentes, aprovados no concurso público de 2008 estão reclamando que até agora não foram chamados para ocupar os cargos que disputaram, e venceram.O governo do Estado anunciou no começo de setembro que vai chamar mais uma leva de 300 policiais. De acordo com o edital do concurso, será convocada uma turma por ano.

Dos 900 candidatos aprovados, 300 já tomaram posse; 300 serão nomeados até o final deste mês, promete o governo, e os outros 300 vão ser chamados em 2010. A previsão da Secretaria de Segurança Pública é que eles estejão aptos para trabalho no início da Operação Veraneio 2009/2010, depois de cumprir o curso de formação de quatro meses.

Vamos tomar vinho catarinense

Esse é o convite que o deputado Reno Caramori (PP) fez através da Tribuna da Assembleia Legislativa, transmitido pela TVAL para todo o Estado. Ele se colocou ainda à disposição para fazer o meio de campo entre os produtores e os consumidores. "Procure em nosso gabinete, pois temos amostras e endereços de todos os vinhos catarinenses". disse.

Em aparte, seu colega de partido, Joares Ponticelli, o chamou de "maior garoto de propaganda do vinho catarinense".

Já postei aqui foto de seu gabinete-adega.

Foto: Alberto Neves / Divulgação Alesc

16 de set. de 2009

Andes: sim ou não?

A Apufsc (Associação dos Professores da UFSC) realiza hoje e amanhã duas assembleias que vão definir o futuro político da entidade. Serão colocadas em votação as propostas de saída do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e transformação da Apufsc em sindicato próprio.

O Andes é uma das federações de trabalhadores do país que mais tem feito oposição ao governo Lula. No espectro político, está à esquerda do PT, contendo composições políticas do PSTU, Psol, comunistas, bolivarianos, trostkystas e intelectuais de esquerda independentes.

Essa oposição ao governo petista rendeu a criação de uma outra federação de associações de professores universitários - chamada de Proifes (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior) - formado por um agrupamento mais chapa branca e ligado ao governo federal.

A direção política que atualmente ocupa a Apufsc está à direita do governo Lula, e também tem interesses contrários ao Andes. A campanha pela desfiliação está sendo conduzida também por setores do CTC (Centro Tecnológico) e pela Administração da UFSC.

Vai ser uma votação importante e que pode influenciar o sindicalismo catarinense, principalmente porque a Apufsc é um dos poucos sindicatos em SC que se comporta de forma autônoma e independente. Claro, vai influir ainda na vida dos 1.600 professores.

15 de set. de 2009

[foto] Sarney, democria e tornado


Presidente do Senado, José Sarney, participa de sessão especial em homenagem ao Dia Internacional da Democracia. Pelo jeito o senador vai sair ileso do olho do tornado que passou pelo Congresso Nacional.

Foto: Antonio Cruz/ABr

Comitiva do legislativo vai para Brasília

O presidente da Assembleia Legislativa e os líderes das bancadas viajam amanhã para Brasília para realizar audiência com o ministro do Transporte. A pauta é a construção da Ferrovia Litorânea, que vai de Imbituba a Araquari e liga os quatros portos catarinense (Imbituba, Itajaí, Imbituba e São Francisco do Sul). O voo (TAM 3074) parte às 6:30.

Atraso desse blogueiro

Se sobrou algum leitor para esse blog, peço desculpa por não atualizar com a frequência necessária. Compromissos funcionais dificultaram meu comprometimento com esse blog. Mas daqui em diante vai ser diferente. É um compromisso.

1 de set. de 2009

Atraso digital na Alesc

As reuniões das comissões e as sessões plenárias ainda são gravadas através das antigas fitas cassetes. A Assembleia Legislativa ainda não adotou a  gravação digital, que economiza espaço físico para armazenamento e ainda pode ser disponibilizada ao público, através da internet, mais facilmente. Um problema é que os "tocadores" estão acabando e logo serão extintos, e sua manutenção está cada vez mais difícil.

Somente as audiências públicas são gravadas digitalmente pela equipe de taquigrafia há pelo menos um ano.