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18 de jun. de 2009

Valeu Corinthians! Valeu Gorducho!


Foto: Marcos Ribolli /GLOBOESPORTE.COM

Fim do diploma para jornalistas repercute na Alesc

O deputado Valmir Comin (PP) fez um manifesto a favor da obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão de jornalista. Chamou a decisão do STF de "absurda", criticou os ministros e resumiu: "A imprensa brasileira está de luto". Eu diria: os jornalistas brasileiros estão de luto. José Natal (PSDB), em aparte, apoiou o progressista e afirmou que os juízes cometeram um erro grave.

Confronto entre Polícia Militar e Polícia Civil II

O Blog de Milton Barão, de Lages, oferece informações mais detalhadas sobre o confronto entre as Polícias Militar e Civil.

Alguns trechos trechos:

Sala 3301

Por volta de 18h30min começou a reunião entre o alto clero da Policia Civil e a Policia Militar de SC, sem a presença do Bispo, evidentemente. O delegado Bada chegou por volta das 19h, pois estava em viagem. O local neutro foi a sala 3301 da Uniplac, que fica no último andar do segundo bloco, portanto, bem longe de olhares curiosos.

Nervoso

De um lado o Comandante Geral da PM, Coronel Eliézio Rodrigues, extremamente nervoso e irritado até com as perguntas do repórter da TV Araucária, Lucas Neves. Chegou a dizer que Lucas estava forçando nas perguntas, mas que seria instaurado um IPM (Inquérito Policial Militar).

Acusações

Enquanto no interior da sala se ouvia boas gargalhadas, do lado de fora muitos comentários e acusações como: usurpação de função, veículos descaracterizados, extorsão de empresários, enriquecimento ilícito, caça-níqueis, receptação, chefe de tráfico e até roubo de gado, que estaria dentro de um dos veículos envolvidos.

Imprensa

Eram tantas as informações que tanto o Joel Micuim, o Jones Paulo e o Lucas Neves tiveram de se retirar do local para acabar não sendo envolvidos.

Golpe contra os jornalistas

As famílias Sirotsky (RBS), Marinho (Globo), Frias (Folha), Civita (Grupo Abril), Mesquita (Grupo Estado), Petrelli (RIC), Magalhães (Rede Bahia), Sarney (Mirante), Collor de Mello, Quércia, Igreja Universal (Record), enfim, os proprietários dos meios de comunicação, os barões da mídia e os picaretas de plantão, vão fazer muita festa nos próximos dias com a decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar inconstitucional a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista.

O STF acabou com uma regulamentação que durava 40 anos e, de quebra, fragilizou a organização sindical e a organização da categoria.

O relator ministro Gilmar Mendes, aquele que mandou soltar Daniel Dantas duas vezes depois que a polícia prendeu, apresentou voto pela inconstitucionalidade da obrigatoriedade do diploma, depois que o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) e o Ministério Público Federal (MPF) apresentaram Recurso Extraordinário.

Apesar da regulamentação ser através do Decreto-Lei 972/1969, da época da ditadura, era uma conquista social de muitos anos de luta. O mesmo STF derrubou a Lei da Imprensa, que apesar de seu anacronismo, ainda mantinha algumas garantias e regulamentações. Hoje os donos dos meios de comunicação estão livres para fazer o que bem entender.

Reproduzo um trecho de nota da Federação Nacional dos Jornalistas:

"Desde o I Congresso Brasileiro de Jornalistas, em 1918, no Rio de Janeiro, quando pela primeira vez reivindicaram o estabelecimento de um curso específico de nível superior para a profissão, os jornalistas brasileiros vêm lutando pelo direito a uma regulamentação que garanta o mínimo de qualificação profissional àqueles que pretendam trabalhar como jornalistas."

Se você acha que a imprensa hoje em dia vai mal, pode esperar, vai ficar pior. A desorganização sindical, o aviltamento de salários, a desregulamentação geral e a queda de qualidade serão as principais consequências da decisão.