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29 de nov. de 2009

Constrangimento

Está cheirando a notícia plantada duas notas publicadas no jornal "A Notícia", de Joinville, e "Notícias do Dia", da Grande Florianópolis. Até aí (mais ou menos) tudo bem.

As assessorias de imprensa servem para servir de ponte entre a imprensa e a fonte, não fazer lobby. Da mesma forma, que a imprensa deve agir com cautela e não incorporar o discurso da fonte. Nos dois casos a seguir, o texto e a argumentação são praticamente idênticos, começando pelo título. No entanto, é preciso observar, que as informações são absolutamente corretas:

A Notícia - 28 de novembro - Cláudio Prisco Paraíso

Barriga cheia

Os oficiais da Polícia Militar deveriam se constranger da campanha que colocaram nas ruas para melhorar ainda mais os seus salários. Em janeiro de 2003, um tenente-coronel recebia R$ 4 mil e, em agosto de 2009, com todos os benéficios, como o gordo adicional de permanência, ultrapassou R$ 13 mil.

Consta que, no atual governo, 99,9% dos oficiais da PM e dos bombeiros foram promovidos, refletindo diretamente na folha de pagamento. E, como se não bastasse, quando são transferidos, recebem entre R$ 15 mil e R$ 30 mil de auxílio-moradia.

Agora, os oficiais querem receber os mesmos R$ 2 mil dos delegados, valor já aprovado pela Assembleia. Só que quando a Polícia Militar foi beneficiada com reajustes específicos, a PC não pressionou para também ser favorecida.

Notícias do Dia - 27 de novembro - Coluna Paulo Alceu

Barriga cheia

A gratificação de R$ 2 mil concedida pelo Estado aos delegados gerou uma baita ciumeira. Agora os oficiais ameaçam uma operação-padrão, caso não recebam um abono especial. Mas parece que estão reclamando de barriga cheia. Os valores recebidos por um oficial da corporação são coisa de cinema. Para se ter uma idéia, em janeiro de 2003, um tenente-coronel recebia R$ 4 mil e, em agosto de 2009, com todos os benéficos, como o gordo adicional de permanência, o soldo ultrapassou R$ 13 mil. Que tal? Consta que, no atual governo, 99,9% dos oficiais da PM e dos bombeiros foram promovidos, refletindo diretamente na folha de pagamento. E, como se não bastasse, quando são transferidos, recebem entre R$ 15 e R$ 30 mil de auxílio-moradia.

E a esmagadora maioria dos oficiais trabalha em gabinetes com ar-condicionado. Se alguém realmente merece um abono especial são os praças da PM catarinense.