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14 de dez. de 2011

Homenagem ao Mosquito

 Morto no final da tarde dessa terça-feira, 14/12, em condições ainda não explicadas, Amilton Alexandre, o Mosquito, pegou todos de surpresa. Concorde ou discorde do que o Mosquito escrevia em seu blog ou gritava em atos públicos, certo é que ele vai fazer falta.

Compartilho a seguir texto escrito pelo professor Geraldo Barbosa, que também foi preso ao lado do Mosquito durante a Novembrada, em 1979. Os dois seguiram caminhos e pensamentos políticos diferentes - mas a amizade e o respeito mútuo ficou intacta:

MOSQUITO

A morte de Amilton Alexandre, o MOSQUITO, não afeta apenas a nós – seus amigos, familiares, admiradores e companheiros de militância – atinge a toda a nossa geração e aos lutadores do povo de Santa Catarina. Ele foi um grande lutador pelas causas mais bonitas e valiosas da humanidade: a liberdade, a justiça social, a democracia para o povo trabalhador, o socialismo.

Eu o conheci na viagem para o Congresso de refundação da UNE (Salvador – BA) em 1979 e ali conheci a saúde civil e a impressionante capacidade de indignação que marcava sua personalidade. Durante a viagem, diante de uma barreira polícial que tentava impedir nossa delegação de chegar ao Congresso da UNE (então proibido pela ditadura) como uma “ventania” do sul aglutinou rapidamente um protesto. Atuamos juntos, em seguida, na campanha para a eleição estudantil na Universidade Federal de Santa Catarina. Ele era candidato ao Diretório do Centro Sócio-Econômico e apoiava a nossa chapa - Unidade - para o DCE (eleita com Adolfo Dias na presidência, eu era um dos vice-presidentes). Este ano de 1979 ficou na nossa memória histórica como o ano mais importante do movimento estudantil em Santa Catarina.

Servidores mobilizados na Alesc

Fotos das mobilização dos servidores públicos, em especial da segurança pública, no último dia de sessão ordinária da Assembleia Legislativa, 14/12.
Tarde:



Manhã:

Aprovado projeto que incorpora abonos da segurança

O deputado Joares Ponticelli (PP) apresentou em seu relatório com parecer favorável ao projeto de lei que incorpora abonos da segurança pública. No entanto, não contemplou os servidores do Instituto Geral de Perícias.

O relatório foi apresentado na reunião conjunta das comissões e aprovado com maioria, com as ponderações de outros parlamentares, na manhã de quarta-feira 14/12.

Ponticelli se comprometeu com os membros do IGP, mas foi desautorizado pela deputada Angela Albino (PCdoB), que disse que o progressista não responde pelo governo.

À tarde, o projeto vai ser votado em Plenário.

PM e IGP na Alesc

A manhã de quarta-feira, 14/12, já começou com as manifestações dos oficiais da Policia Militar e dos peritos do Instituto Geral de Perícias - IGP.

Os servidores vão acompanhar a reunião conjunta das comissões.

Praças e agentes da Polícia Civil ainda não ocupam as galerias.

13 de dez. de 2011

IGP na Alesc

Integrantes do Instituto Geral de Perícias (IGP) estão em grande número na Assembleia Legislativa, nessa manhã de terça-feira, pedindo tratamento igualitário em relação às outras classes da segurança pública. São mais numerosos, por enquanto, que os policiais civis e militares, portando faixas pelos corredores da Alesc.

Atualização às 16:45

IGP ocupa galerias durante sessão.

12 de dez. de 2011

Delegado-deputado Eskudlark sob bombardeio

“Não sou contra o movimento, mas sim à forma como as negociações estão sendo conduzidas. Não podemos partir para ações negativas esperando que dêem resultados positivos”.

A frase é do deputado-delegado Maurício Eskudlark (PSD) - representante da Polícia Civil na Assembleia Legislativa. O assunto é a mobilização dos policiais civis por reajuste salarial.

Por causa dessa frase, pronunciada na Tribuna, o deputado-delegado está sendo criticado pelos policiais civis de base nas redes sociais.

Como exemplo de diálogo e negociação, Eskudlark citou no Facebook a recém aprovada lei de anistia aos praças da Polícia e Bombeiros Militar ligados à Associação de Praças (Aprasc): "uma demonstração de construção com diálogo, que também apoiei, e que demonstra entendimento".

8 de dez. de 2011

Alesc aprova anistia aos policiais e bombeiros militares


Assembleia Legislativa aprova anistia aos policiais e bombeiros militares
Foto: Alexandre Silva Brandão

A anistia aos policiais e bombeiros militares punidos por participação no movimento reivindicatório em dezembro de 2008 foi aprovada pela Assembleia Legislativa por unanimidade, com 35 votos. Agora cabe ao governador Raimundo Colombo sancionar o projeto.

O deputado Sargento Amauri Soares, presidente da Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc), assinalou a sessão como um “dia histórico e especial para todos os militares de Santa Catarina”. “Para nós, é o projeto mais importante do ano e também o mais importante deste mandato”, afirmou.

O Projeto de Lei Complementar nº 47, de origem do Executivo, determina anistia aos policiais e bombeiros militares das punições “impostas em decorrência da participação no movimento reivindicatório ocorrido no período de 22 a 27 de dezembro de 2008”.

Assembleia Legislativa aprova anistia aos policiais e bombeiros militares
Foto: Carlos Kilian
Em seu pronunciamento no Plenário, Sargento Soares expôs uma árvore de Natal com o nome da cada policial excluído. “Nos últimos três anos não comemoramos o Natal, a começar por aquela noite de Natal de 2008, que passamos nos portões dos quartéis”, contou. O parlamentar também homenageou os militares expulsos, em especial, o soldado Claudir Silvério Schmidt, assassinado durante ocorrência em Chapecó.

Parlamentares de todos os partidos destacaram a luta da Aprasc e do deputado Soares por melhores condições salariais dos praças da Polícia e Bombeiro Militar e a luta pela conquista da anistia. A deputada Ângela Albino (PCdoB) destacou ainda o movimento das esposas dos militares, que ficou conhecido como “Mulheres que Lutam”.

Cronologia

2 de dez. de 2011

Coronel: "são tantas emoções"



Foi a primeira vez nos 10 anos da Associação de Praças (Aprasc) que um comandante da Polícia Militar participou da assembleia da categoria. Durante seu discurso, coronel Nazareno Marcineiro se emocionou três vezes. Chegou a chorar quando anunciou o envio para a Assembleia Legislativa de projeto de lei para cumprir a anistia e, assim, conquistando a unificação dos policiais militares. “O primeiro passo é nos unir como uma única classe, a classe dos policiais de Santa Catarina, composta de soldado a coronel”, discursou. Ele voltou a se emocionar quando contou a história de seu pai, que também era praça da Polícia Militar. Por fim, chorou quando recordou a conversa que teve o policial militar excluído, o ex-sargento Luciano Luiz de Souza, que como o ele tem a farda como uma "segunda pele".

Apesar de "tantas emoções", o coronel afirmou que vai manter sua firmeza na condução da Polícia.