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7 de jun. de 2008

Bodas de Papel

O filme de abertura do FAM-2008 (Florianópolis Audiovisual Mercosul) foi uma surpresa desagradável. Em sua estréia como diretor, André Sturm fez uma película "sobre o amor", em suas próprias palavras, que não passa de um romance água com açúcar. "Bodas de Papel" é tecnicamente mal feito.

Não tem roteiro coerente - ou pelo menos incoerentemente inteligente; a fotografia é muito fraca - com exceção das cenas externas. O enquadramento é mal feito, tem mais sombra que atores em cena; e a dupla de protagonistas (Helena Ranaldi & Dario Grandinetti) são muito fracos - sorte que o filme ainda tem os veteranos Walmor Chagas e Sérgio Mamberti (Rá-Tim-Bum).

Faça-se justiça: é a primeira vez que vejo um filme ruim no FAM, que está em sua 12a edição, um dos principais eventos culturais de Florianópolis e a melhor atividade cinematográfica da cidade - tão pobre em salas de cinema.

Como diretor, Sturm é um excelente produtor. Criador e diretor da Pandora Filmes, ele foi pioneiro na distribuição de filmes de produção independente no Brasil. Em seu catálogo encontra-se quase 200 filmes, como "Trainspotting" (1996), de Danny Boyle, e "As Bicicletas de Belleville" (2003), de Silvain Chomet.

É proibido




A "política de segurança" da Coordenadoria de Informática da Assembléia Legislativa proíbe acesso a alguns site, entre eles, orkut.com, youtube.com e twitter.com. Falar de censura é muito forte. Mas certamente é uma postura, no mínimo, ignorante. Ou a internet é livre ou não é livre. Não existe meio termo.

Quando se tenta entrar em alguns desse sites, aparece as mensagens acima. A explicação, se escrever para o e-mail divulgado, é que esses sites, principalmente o Youtube, roubam muita banda da rede.

Já os programas de mensagens instantâneas, como o MSN, só podem ser instalados mediante ofício e autorização da coordenadoria. É a política da burocracia, porque a justificativa pode se qualquer uma.

Felizmente a burocracia é burra. O Google Video, por exemplo, é possível ser acessado, mesmo tendo a mesma função e pertencer a mesma empresa do Youtube (Google). Também é possível acessar o WebMSN.

Pode se admitir que essas ferramentas são usadas para o ócio, por isso a proibição. Se isso for verdade, está se admitindo que os servidores da Assembléia, deputados e visitantes não tem discernimento para separar hora de trabalho e de lazer.