Apesar de graciosa, a manifestação dos chamados "ambientalistas" contra a aprovação do Código Ambiental foi amadora, para dizer o mínimo, perto da mobilização feita pelo setor agrícola, incluindo aí uma massa de pequenos e médios agricultores e alguns grandes produtores.
Ocesc, Fetaesc e Faesc mobilizaram alguns milhares de cidadãos catarinenses, montaram uma estrutura de fazer inveja a qualquer central sindical urbana. Vai levar alguns anos para outro movimento fazer uma agitação semelhante.
Enquanto isso, quem era contra o projeto se comportou como estudantes "caras-pintadas". Usaram nariz de palhaço, mas não conseguiram reunir sequer uma centena de pessoas. Alguns especialistas e estudiosos no assunto preferiram a manifestação eletrônica, através de e-mails ou correntes repetitivas e escritas pela mesma pessoa.
O lobby da agricultura foi mais eficiente e avassalador. Contou ainda com toda a estrutura do governo do Estado, patriarca do código, e a pressão política de secretários de Estado, como os ex-deputados Antonio Ceron (Agricultura e Desenvolvimento Rural) e Onofre Agostini (Desenvolvimento Econômico Sustentável). Lugar-comum, a metáfora do trator nunca foi tão apropriada.