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6 de set. de 2010

16 de setembro: lançamento do documentário "Impasse"

O blog, como alguém já deve ter percebido, está em recesso informal durante o período eleitoral. Mas, abre-se execeção para deixar o convite a seguir (não assisti ainda, mas aposto que vai ser bom):

Você está convidado para o lançamento do documentário "Impasse",  sobre as manifestações dos estudantes contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em Florianópolis. Será no dia 16 de setembro, às 19h30min, no auditório da Reitoria da UFSC.

 Além de cenas que não foram exibidas em nenhuma tevê, incluindo flagrantes de violência durante os atos públicos ocorridos em maio e junho deste ano, o documentário revela o que pensam usuários, trabalhadores, especialistas e empresários do transporte. Expõe as contradições e as diferenças de posição dos estudantes e dos representantes dos governos municipal e estadual.

"Impasse" discute ainda questões que se entrelaçam e se completam: Por que a cidade se tornou um símbolo na luta pelo transporte público? O que aconteceu durante a ação da Polícia Militar na Universidade do Estado de Santa Catarina no dia 31 de maio de 2010? Quais são os limites e os direitos dos movimentos sociais na democracia? Quais são os prós e os contras do atual modelo de transporte? Por que a mobilidade urbana é um dos grandes temas do século XXI? Existe, afinal de contas, saída para este impasse?

O documentário, de 80 minutos, é dirigido por Juliana Kroeger e Fernando Evangelista, jornalistas catarinenses com experiência em coberturas de conflitos no Oriente Médio, na África e na Europa. A realização é da produtora Doc Dois.

Em breve, estará no ar o site www.impasse.com.br com mais informações.

11 de mai. de 2010

Taser e repressão

(foto: tarifazero.org)


A Polícia Militar de Florianópolis, sob comando do tenente-coronel Newton Ramlow, está inovando na repressão aos estudantes que protestam pela redução das tarifas de ônibus. Desde o primeiro dia da manifestação estão usando as "taser" - arma de eletrochoque - para espantar a gurizada.

Importada dos EUA, essa arma é considerada pelo governo e pelas forças de segurança como "não letal". No entanto, a experiência, mesmo nos Estados Unidos, mostra que isso não é verdade. Centenas de pessoas já morreram na América do Norte por causa da taser. Leia aqui (português) e aqui (inglês).

Lá fora como aqui também os policiais treinam e testam a arma em si próprios, portanto, são obrigados a sentir na própria pele a dor. Provavelmente, devem ficar com muita raiva e vontade de usar o brinquedinho. Veja o vídeo abaixo de treinamento americano:

5 de mar. de 2009

Ex-major Newton está com saudade de 64

Carlos Damião escreveu ontem sobre a "desproporção" entre o número de manifestantes pela redução da tarifa e o aparato policial militar. Hoje aconteceu a mesma coisa. En passant, vou entrar no assunto porque assisti as duas passeatas. Enquanto o número de estudantes e populares ficou em pouco mais de 100 pessoas nas duas vezes, o número de policiais e viaturas dobrou entre um dia e outro.

Ontem, eram cinco viaturas, sendo uma da Guarda Municipal e quatro do PPT, Pelotão de Policiamento Tático, - quase uma tropa de elite. Identitiquei pelo menos cinco P-2 (policiais desfarçados da agência de 'inteligência' da PM). No final do dia, um estudante foi preso porque supostamente desacatou alguma autoridade.

Hoje eram dez viaturas, duas da GM e as demais da Militar. Vi ainda um policial fardado registrando fotografias dos manifestantes. Nos dias dias, um grupo de PMs acompanhava a marcha na cola dos manifestantes.

Nos dois dias também, o comandante do 4º Batalhão, o midiático ex-major Newton Ramlow, acompanhou a manifestação com sua viatura particular. Sem querer, ouvi ele dando entrevista para um repórter do "Diário Catarinense" quando ele dizia que o grupo não tinha objetivo reivindicatório, só queria fazer baderna pela cidade. Além de policial militar, o atual tenente-coronel também é juiz.

A quantidade de viaturas e policiais realmente era desnecessária para o número de pessoas. Melhor seria se esse aparato estivesse empenhado em fazer segurança pública, e não constrangimento. Newton deve ter saudade de 64 ...

Até o boa praça Cacau Menezes reclamou do barulho, fala aí:

4 de out. de 2008

Renegados pelo MPL querem virar vereadores

Pelo menos dois candidatos a vereador fizeram parte do Movimento Passe Livre, que mobilizou milhares de jovens de Florianópolis em 2004 e 2005: Lucas de Oliveira (PDT) e Tiago Andrino (PCdoB). Cada um teve participação e importância diferente no movimento. Em comum, eles têm a rejeição de boa parte do MPL.

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Lucas foi um dos fundadores do movimento na cidade, quando ainda fazia parte da Juventude Revolução, grupo de jovens ligados à tendência O Trabalho do PT. Depois rompeu com a JR e fundou, ao lado de outros integrantes do MPL, a JR Independente para se tornar uma das principais lideranças - talvez a principal. Era o formulador teórico, e criou a idéia de "empresa-revolução".

Brigas com outros líderes e divergências político-ideológicas o expulsaram do MPL. Foi criticado e desautorizado pelo movimento. Foragido, encontrou abrigo no PDT, apadrinhado pelo físico Bautista Vidal, criador do Pró-álcool e a principal autoridade sobre biomassa no Brasil. No partido, ganhou destaque com facilidade, afinal tem experiência em organização de um movimento social robusto, coisa que o partido de Manoel Dias e sua juventude desconhece há muito tempo.

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Tiago apareceu apenas durante a segunda jornada das grandes mobilizações em 2005. Na época, era presidente da União Catarinense de Estudantes. Na verdade, ele dividia a presidência com um petista depois de um congresso estadual da UCE que partiu a entidade em duas. (Depois os cacos voltaram a se juntar.)

Tentou comandar a mobilização dos estudantes a partir de cima de um enorme trio-elétrico. Mas não tinha a confiança da grande maioria do movimento, que sempre teve uma postura anti-partido. Também não tinha legitimidade. Não participou da construção do MPL e da mobilização das jornadas.

Enquanto a Polícia Militar dispersava o movimento com bala de borracha e gás lacrimogênio, Tiago foi preso durante um jantar em um restaurante do Centro da Capital, acompanhado do presidente da Juventude do PMDB, partido do governador e chefe da PM.

Ele e mais outros 30 estudantes ficaram trancafiados na cadeia da Central de Polícia, depois transferidos para a Penitenciária da Trindade. Ganhou notoriedade, se firmou na presidência da UCE e ascendeu no partido. Em 2006, foi candidato a deputado federal e ganhou 12.023 votos - mais de quatro mil só em Florianópolis. Como o PCdoB tem tradição de eleger sempre um vereador, Tiago corre o risco de conquistar uma vaga na Câmara.

AVISO: ESSE POST FOI CONCLUÍDO NA NOITE DE SÁBADO, MAS POSTADO SOMENTE NO DOMINGO POR CAUSA DE FALHA NA CONEXÃO. PORTANTO, FICA COM A DATA DE SÁBADO. DE DOMINGO ATÉ O MEIO DIA DE SEGUNDO, FICOU PUBLICADO QUE O CANDIDATO DO PCDOB RECEBEU OITO MIL VOTOS EM FLORIANÓPOLIS. NA VERDADE ELE RECEBEU 4.227 NA CAPITAL.

4 de ago. de 2008

Fotos do Movimento Passe Livre II

As fotos a seguir foram feitas pela cobertura do jornal-laboratório Zero, da UFSC, da segunda (e última) jornada de grandes manifestações do Movimento Passe Livre, em 2005, já no governo de Dário Berger.






© Leo Miranda / Zero

Fotos do Movimento Passe Livre I

Como prometido, publico as fotos da primeira jornada de manifestações do Movimento Passe Livro, ainda no primeiro governo de Angela Amin, em julho de 2004.

Concentração na Avenida Paulo Fontes, em frente ao Terminal Integrado do Centro (Ticen)

Passeata na Rua Felipe Schmidt

AvenidaGovernador Gustavo Richard

A polícia só observou os estudantes fecharem a ponte Colombo Salles, que liga a Ilha ao continente

© Alexandre Brandão / Zero