Carlos Damião escreveu ontem sobre a "desproporção" entre o número de manifestantes pela redução da tarifa e o aparato policial militar. Hoje aconteceu a mesma coisa. En passant, vou entrar no assunto porque assisti as duas passeatas. Enquanto o número de estudantes e populares ficou em pouco mais de 100 pessoas nas duas vezes, o número de policiais e viaturas dobrou entre um dia e outro.
Ontem, eram cinco viaturas, sendo uma da Guarda Municipal e quatro do PPT, Pelotão de Policiamento Tático, - quase uma tropa de elite. Identitiquei pelo menos cinco P-2 (policiais desfarçados da agência de 'inteligência' da PM). No final do dia, um estudante foi preso porque supostamente desacatou alguma autoridade.
Hoje eram dez viaturas, duas da GM e as demais da Militar. Vi ainda um policial fardado registrando fotografias dos manifestantes. Nos dias dias, um grupo de PMs acompanhava a marcha na cola dos manifestantes.
Nos dois dias também, o comandante do 4º Batalhão, o midiático ex-major Newton Ramlow, acompanhou a manifestação com sua viatura particular. Sem querer, ouvi ele dando entrevista para um repórter do "Diário Catarinense" quando ele dizia que o grupo não tinha objetivo reivindicatório, só queria fazer baderna pela cidade. Além de policial militar, o atual tenente-coronel também é juiz.
A quantidade de viaturas e policiais realmente era desnecessária para o número de pessoas. Melhor seria se esse aparato estivesse empenhado em fazer segurança pública, e não constrangimento. Newton deve ter saudade de 64 ...
Até o boa praça Cacau Menezes reclamou do barulho, fala aí: