A tragédia que aconteceu em Santa Catarina recentemente pode render dividendos financeiros para o arquiteto paranaense Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná. Sua empresa de consultoria vai apresentar "um planejamento urbanístico direcionado aos municípios mais atingidos pelas recentes enchentes", informa release enviado pela assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Blumenau.
Acompanhado do secretário de Articulação Nacional e do Grupo de Reação, Geraldo Althoff, o ex-político já visitou hoje algumas cidades (Blumenau, Gaspar, Benedito Novo, Indaial e Rodeio, pela manhã, e Brusque e Itajaí, à tarde) e se reuniu seus prefeitos.
Segundo o texto da Secretaria, o arquiteto ganhou notoriedade internacional "quando realizou mudanças rápidas e inovadoras em vários segmentos arquitetônicos e de transporte na cidade de Curitiba". A Prefeitura de Florianópolis está entre os clientes da empresa de Lerner. Dário Berger, em seu primeiro mandato, encomendou modificações para o nosso famoso Sistema Integrado de Transporte. Para isso, recebeu R$ 250 mil.
Será que Santa Catarina não conta com arquitetos e engenheiros para planejar as cidades?
A depender do governo do Estado e do Grupo de Reação parece que não. Veja aqui a notícia publicada no "Jornal do Brasil" com o título "Inspiração francesa na reconstrução de Santa Catarina".
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17 de fev. de 2009
4 de dez. de 2008
3 de dez. de 2008
Enchentes irão piorar
Professor Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, Ph.D
LETA - Laboratório de Etologia Aplicada, DZR/CCA/UFSC. Florianópolis, SC
www.leta.ufsc.br
pinheiro@cca.ufsc.br
Retornando ontem (24/11) de Curitiba pude presenciar os danos e tragédias da presente enchente. Campos, lavouras e cidades alagadas. Pessoas sem casas, animais no meio da água, sem alimento e sem abrigo, alguns já mortos, veículos boiando, soterramentos, pedaços de morro caindo. Uma verdadeira tragédia. Tive muita sorte de conseguir chegar a Florianópolis.
Não pude deixar de pensar na atual proposta, em tramitação na Assembléia Legislativa, da nova "lei ambiental catarinense". Essa lei, de iniciativa do mesmo governo que está atônito diante da tragédia catarinense, se aprovada irá piorar ainda mais os efeitos de chuvas como essa, que são fenômenos NATURAIS, e que SE REPETIRÃO no futuro.
A "nova" lei reduz a faixa de mata ciliar que deve ter nas margens dos cursos de água, libera o desmatamento, deixa de proteger fontes de água, define campos de altitude como 1.800m, o que só acontece no Morro da Igreja. Também se "aproveita a onda" para reduzir a área do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Essa legislação é o resultado da pressão de fazendeiros, fábricas de celulose, e outros interesses, apoiados na justa preocupação de pequenos agricultores que dispõe de pequenas quantidades de terra para plantio. É preciso que a atual enchente sirva de exemplo do que acontece quando agimos irresponsavelmente com a Natureza. E que deixemos interesses menores de lado e pensemos nas trágicas e caras conseqüências que estamos semeando.
Os parlamentares que votarem nessa lei que saibam da irresponsabilidade que vão cometer, que as próximas enchentes serão ainda piores, e que serão co-responsáveis pelas futuras tragédias. Assim como alguns governantes e legisladores do passado são co-responsáveis pela atual tragédia. As atuais conseqüências das chuvas seriam bem menores se a Mata Atlântica não tivesse sido tão destruída no litoral, se os rios não estivessem tão assoriados, se ainda houvesse matas nas margens dos rios e cursos de água, se a mata original das encostas não tivesse sido destruída. Na hora de fazer emprendimentos e ganhar dinheiro, as pessoas costumam esquecer das conseqüências.
Parece uma curiosa coincidência que esta enchente e tragédia venha exatamente no momento em que a Assembléia Legislativa do Estado discute justamente uma lei ambiental.
LETA - Laboratório de Etologia Aplicada, DZR/CCA/UFSC. Florianópolis, SC
www.leta.ufsc.br
pinheiro@cca.ufsc.br
Retornando ontem (24/11) de Curitiba pude presenciar os danos e tragédias da presente enchente. Campos, lavouras e cidades alagadas. Pessoas sem casas, animais no meio da água, sem alimento e sem abrigo, alguns já mortos, veículos boiando, soterramentos, pedaços de morro caindo. Uma verdadeira tragédia. Tive muita sorte de conseguir chegar a Florianópolis.
Não pude deixar de pensar na atual proposta, em tramitação na Assembléia Legislativa, da nova "lei ambiental catarinense". Essa lei, de iniciativa do mesmo governo que está atônito diante da tragédia catarinense, se aprovada irá piorar ainda mais os efeitos de chuvas como essa, que são fenômenos NATURAIS, e que SE REPETIRÃO no futuro.
A "nova" lei reduz a faixa de mata ciliar que deve ter nas margens dos cursos de água, libera o desmatamento, deixa de proteger fontes de água, define campos de altitude como 1.800m, o que só acontece no Morro da Igreja. Também se "aproveita a onda" para reduzir a área do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Essa legislação é o resultado da pressão de fazendeiros, fábricas de celulose, e outros interesses, apoiados na justa preocupação de pequenos agricultores que dispõe de pequenas quantidades de terra para plantio. É preciso que a atual enchente sirva de exemplo do que acontece quando agimos irresponsavelmente com a Natureza. E que deixemos interesses menores de lado e pensemos nas trágicas e caras conseqüências que estamos semeando.
Os parlamentares que votarem nessa lei que saibam da irresponsabilidade que vão cometer, que as próximas enchentes serão ainda piores, e que serão co-responsáveis pelas futuras tragédias. Assim como alguns governantes e legisladores do passado são co-responsáveis pela atual tragédia. As atuais conseqüências das chuvas seriam bem menores se a Mata Atlântica não tivesse sido tão destruída no litoral, se os rios não estivessem tão assoriados, se ainda houvesse matas nas margens dos rios e cursos de água, se a mata original das encostas não tivesse sido destruída. Na hora de fazer emprendimentos e ganhar dinheiro, as pessoas costumam esquecer das conseqüências.
Parece uma curiosa coincidência que esta enchente e tragédia venha exatamente no momento em que a Assembléia Legislativa do Estado discute justamente uma lei ambiental.
25 de nov. de 2008
Risco de deslizamentos e alagamentos foi alertado com antecedência

Não foi a falta de aviso que pode ter surpreendido o governo e os órgãos de segurança e defesa civil para prevenir ou reagir diante do caos que assolou o Vale do Itajaí e a Grande Florianópolis. Um aviso meteorológico emitido pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia da Epagri, de 19 de novembro, informou sobre os riscos de alagamento e deslizamentos. O informe explicou que uma circulação marítica (lestada) iria se intensificar a partir de quinta-feira (20/11), "provocando chuva significativa e persistente no Litoral e Vale do Itajaí". Continua a nota:
"O mapa acima mostra o acumulado de chuva nas próximas 96h e pode-se observar que a previsão é de chuva entre 60 e 100mm (tons de verde escuro e azul claro) da Grande Florianópolis ao Litoral Norte, e variando entre 50 e 100mm entre Florianópolis e o Litoral Sul. No Vale do Itajaí, a chuva mais intensa deve ocorrer próxima ao Litoral, podendo também chegar a 100mm. O leste do Planalto Norte também vai sofrer a influência da circulação marítima, mas a chuva será menos volumosa. ALERTA-SE NOVAMENTE PARA POSSÍVEIS ALAGAMENTOS E DESLIZAMENTOS NO FIM DESTA SEMANA NO LITORAL E VALE DO ITAJAÍ."
Com caixa alta mesmo.
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