O ex-prefeito de Calmon, João Batista De Geroni (PDT) foi preso na tarde desta quinta-feira, 2, em Florianópolis. O motivo foi suposta ameaça a uma testemunha de um processo contra a esposa do político, cujo boletim de ocorrência foi registrado em setembro na delegacia de Calmon.
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3 de dez. de 2010
Ex-prefeito de Calmon é preso
Fonte: Caçador Online
6 de jul. de 2008
De Geroni: o novo coronel
Espremida em algum lugar entre o Meio-oeste e o Planalto Norte de Santa Catarina, Calmon é uma cidade de apenas 4.012 habitantes (IBGE/2007) e 2.960 eleitores (TRE-SC/2006). Desde 2001, o pequeno município é administrado pelo prefeito João Batista De Geroni (PDT), um político pouco simpático no trato do dia-a-dia, mas muito admirado por sua população. Afinal, desde que tomou posse, ele tem imprimido uma política de pleno emprego.
Nem os adolescentes escapam. Através de convênios com os governos federal e estadual, tem realizado várias obras e empregado todo mundo na cidade, que tem idade e vontade de trabalhar. Ele não faz licitação, não contrata empreiteiras, nem importa mão-de-obra. Do engenheiro ao peão, todos empregados da Prefeitura são moradores da cidade.
Admirador de Leonel Brizola, De Geroni dirige a cidade com mãos de ferro. É centralizador, como Brizola, e está à frente de todas as decisões. Costuma sempre dizer "não", como todo bom coronel ou caudilho brizolista. Quando é para dizer "sim" e resolver os problemas de relacionamentos, a tarefa fica com a primeira-dama.
Sem-terras
Cerca de 200 famílias do MST, no começo do ano passado, ocuparam uma terra à beira da SC-302, em Calmon, um contigente de novos moradores bastante expressivo, mesmo para a Capital da Hospistalidade. A fazenda já pertenceu à familiares do ministro Stephanes (PMDB-PR). Um coronel à moda antiga mandaria uma tropa de jagunços para expulsar os sem-terras.
De Geroni fez diferente. Percorreu os gabinetes do governo do Estado e da Assembléia Legislativa em busca de ajuda para atender os visitantes. Além de remédios e material escolar, conseguiu apetrechos para procedimentos clínicos, como ataduras e luvas. Depois de um ano, os sem-terra se foram e os equipamentos ficaram.
PDT
Calmon é uma cidade em expansão. Nos últimos dez anos, a população da cidade cresceu em mais de 50%, e está entre as 15 que mais cresceram em SC. Enquanto isso, o eleitorado de Calmon evoluiu 30% entre 2000 e 2006, ficando em terceiro lugar no Estado.
Na cidade, por medo, adesão ideológica, interesse ou necessidade, todos são pedetistas desde que nasceram. O PDT é o partido que mais tem filiados em Calmon. São 279 pedetistas, contra 151 do PMDB e 122 do PT. E o partido do velho Brizola tem quase três vezes a mais o número de jovens filiados (entre 16 e 24 anos) que todos os outros partidos juntos. São 62 contra 24.
O senador pedetista Cristóvam Buarque recebeu em Calmon o maior número de votos proporcional em todo o país, no primeiro turno da disputa presidencial. O mesmo ele não conseguiu fazer com o companheiro Manoel Dias. Em compensação, no segundo turno, Calmon foi o município catarinense com o maior percentual de votos nulos para governador no Estado, com 13,09%. Não será espanto se ele eleger o próximo prefeito, Joacir Santos Trindade, presidente da Câmara de Vereadores e também pedetista.
Eleitoralmente, o projeto de João Batista era se eleger prefeito de Caçador, cidade pólo da região (com 47.822 eleitores) e sede de secretaria regional. O próximo passo seria a eleição para deputado estadual. A primeira etapa foi abortada. Ponto pra De Geroni. Porque prefeitos de cidades periféricas têm se dado mal quando resolvem cair de pára-quedas em cidades maiores. (Estou falando da Operação Moeda Verde.) Mas a segunda fase de seu projeto ainda lhe inspira os dias e as noites.
Para isso, vai ter que transformar a fama de bom administrador de uma pequena cidade em votos, muitos votos, e conseguir bater os partidos tradicionais da região. Vai torcer por uma vitória de seu indicado a prefeito de Calmon. Também vai torcer para o deputado estadual licenciado Dagomar Carneiro (PDT), que nasceu em Calmon e tem influência na cidade, se eleger prefeito de Brusque.
Mas nem tudo são flores. De Geroni já teve suas contas rejeitadas pelo TCE (e quem não teve!?), e sofre a perseguição de procuradores ligados às questões trabalhistas. O município apresentou índices desfavoráveis em diagnóstico sobre a educação em Santa Catarina, ao lado de Matos Costa. Além disso, Calmon tem problemas de desmatamentos ilegais, promovidos por empresas produtoras de pinus.
Nem os adolescentes escapam. Através de convênios com os governos federal e estadual, tem realizado várias obras e empregado todo mundo na cidade, que tem idade e vontade de trabalhar. Ele não faz licitação, não contrata empreiteiras, nem importa mão-de-obra. Do engenheiro ao peão, todos empregados da Prefeitura são moradores da cidade.
É uma bolsa-escola, de R$ 100, melhorada. Mesmo com a extinção do programa Agente Jovem pelo governo do Estado, através de lei municipal, De Geroni (PDT) oferece oportunidade de trabalho que vai desde a monitor de informática até auxiliar de sala de aula. A molecada, entre 15 e 18 anos, pode fazer serviço de office-boy, secretária, fotógrafo e relações pública em meio período; e no outro frequenta a escola.
Calmon tem seu charme. Conhecida como "capital da hospitalidade", tem sua história ligada à Guerra do Contestado. Foi palco de batalhas e chacinas. É terra natal do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que nasceu naquelas bandas quando era apenas um distrito de Porto União. A cidade ganhou sua emancipação política somente em 9 de janeiro de 1.992.

Admirador de Leonel Brizola, De Geroni dirige a cidade com mãos de ferro. É centralizador, como Brizola, e está à frente de todas as decisões. Costuma sempre dizer "não", como todo bom coronel ou caudilho brizolista. Quando é para dizer "sim" e resolver os problemas de relacionamentos, a tarefa fica com a primeira-dama.
Sem-terras
Cerca de 200 famílias do MST, no começo do ano passado, ocuparam uma terra à beira da SC-302, em Calmon, um contigente de novos moradores bastante expressivo, mesmo para a Capital da Hospistalidade. A fazenda já pertenceu à familiares do ministro Stephanes (PMDB-PR). Um coronel à moda antiga mandaria uma tropa de jagunços para expulsar os sem-terras.
De Geroni fez diferente. Percorreu os gabinetes do governo do Estado e da Assembléia Legislativa em busca de ajuda para atender os visitantes. Além de remédios e material escolar, conseguiu apetrechos para procedimentos clínicos, como ataduras e luvas. Depois de um ano, os sem-terra se foram e os equipamentos ficaram.
PDT
Calmon é uma cidade em expansão. Nos últimos dez anos, a população da cidade cresceu em mais de 50%, e está entre as 15 que mais cresceram em SC. Enquanto isso, o eleitorado de Calmon evoluiu 30% entre 2000 e 2006, ficando em terceiro lugar no Estado.
Na cidade, por medo, adesão ideológica, interesse ou necessidade, todos são pedetistas desde que nasceram. O PDT é o partido que mais tem filiados em Calmon. São 279 pedetistas, contra 151 do PMDB e 122 do PT. E o partido do velho Brizola tem quase três vezes a mais o número de jovens filiados (entre 16 e 24 anos) que todos os outros partidos juntos. São 62 contra 24.
O senador pedetista Cristóvam Buarque recebeu em Calmon o maior número de votos proporcional em todo o país, no primeiro turno da disputa presidencial. O mesmo ele não conseguiu fazer com o companheiro Manoel Dias. Em compensação, no segundo turno, Calmon foi o município catarinense com o maior percentual de votos nulos para governador no Estado, com 13,09%. Não será espanto se ele eleger o próximo prefeito, Joacir Santos Trindade, presidente da Câmara de Vereadores e também pedetista.
Eleitoralmente, o projeto de João Batista era se eleger prefeito de Caçador, cidade pólo da região (com 47.822 eleitores) e sede de secretaria regional. O próximo passo seria a eleição para deputado estadual. A primeira etapa foi abortada. Ponto pra De Geroni. Porque prefeitos de cidades periféricas têm se dado mal quando resolvem cair de pára-quedas em cidades maiores. (Estou falando da Operação Moeda Verde.) Mas a segunda fase de seu projeto ainda lhe inspira os dias e as noites.
Para isso, vai ter que transformar a fama de bom administrador de uma pequena cidade em votos, muitos votos, e conseguir bater os partidos tradicionais da região. Vai torcer por uma vitória de seu indicado a prefeito de Calmon. Também vai torcer para o deputado estadual licenciado Dagomar Carneiro (PDT), que nasceu em Calmon e tem influência na cidade, se eleger prefeito de Brusque.
Mas nem tudo são flores. De Geroni já teve suas contas rejeitadas pelo TCE (e quem não teve!?), e sofre a perseguição de procuradores ligados às questões trabalhistas. O município apresentou índices desfavoráveis em diagnóstico sobre a educação em Santa Catarina, ao lado de Matos Costa. Além disso, Calmon tem problemas de desmatamentos ilegais, promovidos por empresas produtoras de pinus.
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