Cabeçalho 1

29 de jan. de 2009

A obra da vez: sinalizadores do estacionamento


Com esse post, inauguro a série "A obra da vez", uma tentativa de apresentar aos leitores todas as obras que estão sendo feitas na Assembléia Legislativa, que, desde que tenho conhecimento, encontra-se permanentemente em reforma. Sempre tem um gabinete ou outra área sendo reformada ou construída.

A primeira foto é do estacionamento da Alesc, onde estão sendo colocado novos sinalizadores, que dividem a vagas exclusiva dos deputados, autoridades diversas e imprensa.

Foto: © Alexandre Brandão

28 de jan. de 2009

Defesa Civil e Epagri/Ciram alertam para riscos de alagamentos e deslizamentos

Dois comunicados (Defesa Civil e da Epagri/Ciram) informam que o Estado de Santa Catarina, em especial o litoral, podem sofrer com ocorrências de alagamentos e deslizamentos, entre quarta (28/01) e sexta-feira (30/01).

De acordo com a previsão do tempo, da Epagri Ciram, na quarta-feira áreas de instabilidade mantém o tempo fechado com muitas nuvens e chuva isolada em todas as regiões, principalmente do Planalto ao Litoral, e chuva mais intensa em toda as regiões, entre a tarde e a noite. Na quinta e sexta-feira, o tempo permanece instável com chuva em todo o Estado, especialmente da Grande Florianópolis e no Norte. No sábado e domingo, o sol volta a aparecer.

A Defesa Civil desaconselha atividades náuticas quando o mar estiver agitado e recomenda que, no caso de alagamentos, seja evitado o contato com a água, que pode estar contaminada.

24 de jan. de 2009

Capitão Nascimento para coronel Eliésio: Pede pra sair! Pede pra sair!

Encerrada a enquete sobre o diálogo imaginário entre o coronel Eliésio Rodrigues, comandante da PM, e o capitão Nascimento (personagem do filme "Trope de Elite"), ficou escolhida a frase "Pede pra sair! Pede pra sair!", com 48% dos votos. Votaram 25 leitores.

Pede pra sair! Pede pra sair! 12 (48%)
O senhor é um fanfarrão! 9 (36%)
Põe na conta do Papa! 2 (8%)
Caveira? Nunca serão! 2 (8%)

Votos: 25

23 de jan. de 2009

E o PDT em 2010?

O Encontro Estadual do PDT não bateu martelo ainda sobre 2010, mas alguns movimentos apontam tendências. O principal é a saída do PDT do chamado "bloquinho" do Congresso Nacional - conjunto de pequenos partidos que juntos têm peso significativo. Os pedetistas decidiram não apoiar o candidato do bloco nas eleições da Câmara dos Deputados, no caso o deputado Aldo Rebelo (PCdoB), para apoiar o candidato Michel Temer (PMDB).

“Nosso desligamento do bloco não significa uma ruptura. Vamos continuar tendo uma relação política com todos os partidos que integram o bloco”, declarou Vieira da Cunha (presidente).

A iniciativa contou com a participação do secretário-geral e presidente do diretório estadual, Manoel Dias, que, em Santa Catarina, costurou a aliança diretamente com Luiz Henrique da Silveira. A coordenação do projeto 2010 vai ficar a cargo do vice-prefeito de São José, Telmo Vieira, que divide a prefeitura com Djalma Berger (PSB), irmão do principal expoente do PMDB atualmente.

Esse conjunto de relações leva a crer que o partido vai ficar bastante próximo do PMDB nas próximas eleições. Resta saber se o PMDB tem interesse nessa aliança, se não vai preterir o PDT em benefício de algum ou de todos os partidos da tríplice aliança.

Outro elemento importante é que Manoel Dias se nega a apoiar publicamente seu correligionário deputado Sargento Soares e assinar manifesto de apoio à Aprasc. Segundo Maneca, assinar o documento seria a mesma coisa que pular fora do governo. É verdade. Sua preocupação é desempregar dezenas de companheiros - e a companheira - instalados na estrutura do Estado.

Os do contra

Há no partido uma tendência que prefere candidatura própria. Até por uma questão de sobrevivência. Acoplado ao PMDB, os pedetistas teriam dificuldade em elegar até um deputado estadual, quanto mais dois ou três e um federal. A barreira do coeficiente eleitoral seria um obstáculo difícil de transpor. Com apenas dois prefeitos e um cenário sem deputados, o capital político do PDT seria ainda menor para negociar cargos em um próximo governo.

Nesse grupo se encontra Tico Lacerda, que encarou a missão do partido de ser candidato a vice-prefeito da chapa de Angela Albino (PCdoB) e depois rompeu com a direção para apoiar Esperidião Amin (PP) no segundo turno. Lacerda nem foi convidado para participar do encontro, mas esteve presente para rever alguns amigos e conversar com a juventude. Passou dois dias se sentindo um peixe fora d'água.

22 de jan. de 2009

Sol e chuva: casamento de viuva


O momento que o pôr-do-sul e a chuvinha de verão se juntaram ...

Foto: © Alexandre Brandão

19 de jan. de 2009

PDT à deriva no governo Luiz Henrique

A cúpula do PDT anda se desencontrando com a base do partido. A rejeição à uma das principais lideranças pedetista se mostrou mais evidente durante o encontro estadual realizado no último final de semana em Lages. Trata-se de Dalva de Lucas Dias, titutar da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação. Esposa do presidente Manoel Dias e cunhada do governador Luiz Henrique da Silveira, Dalva é a cota do PDT no governo da poli-aliança.

Os pedetistas estão chateados com a pouca participação dentro da Secretaria da Dalva e a baixa ocupação nas gerências das secretarias regionais. O acordo selado no início do governo era que o PDT não pegaria nenhuma secretaria regional, mas, em troca, ganharia todas as 36 gerências ligadas à área de Assistência Social. Passados dois anos, levaram apenas 19 cargos. A queixa também é em relação ao estilo da secretária, de poucos amigos e muito autoritária.

Uma questão pode ser preponderante para o futuro do partido em relação à LHS. A secretária representa o governo na negociação com as centrais sindicais estaduais que estão em campanha pela regulamentação do piso mínimo regional. O movimento é capitaneado por petistas (da CUT) e pedetistas (da Força Sindical).

Partidários analisam que ela está sendo levada em banho-maria pelo governador, que não quer e não vai implementar o piso. Maneca chegou a declarar, no encontro, que se o governo não levasse adiante o projeto de salário mínimo, o partido deixaria o governo. Poucos acreditam nessa tese. A maioria acha que é bravata.

Há no partido um setor que vê motivos sufientes para abandonar o barco governamental. Do lado contrário se encontra a secretária, que faz de tudo e briga com todos para não deixar a nau. A diferença de posições rendeu até uma disputa entre a secretária e o presidente do diretório de Florianópolis, Luiz Viegas. Manoel Dias faz o papel de juiz, não pende para um lado nem para o outro. Alguns chamam isso de ficar em cima do muro. O comentário geral é que a mulher manda no marido.

13 de jan. de 2009

Nova enquete no ar: o que o capitão Nascimento diria para o coronel Eliésio?

Acabei de colocar no ar mais uma enquete. Imagine um encontro entre o capitão Nascimento, protagonista do longa "Tropa de Elite",' e o comandante da Polícia Militar de SC, coronel Eliésio Rodrigues, ator coadjuvante na novela da "Aprasc x LHS".

Para votar, clique em uma das opções na coluna da direita.

12 de jan. de 2009

Contrariando a regra, coronel Eliésio está há dois anos no comando da PM

No dia 9 janeiro, o coronel Eliésio Rodrigues, comandante geral da PM, completou dois anos à frente da caserna catarinense. Um recorde para os padrões da Era Luiz Henrique da Silveira. Nos últimos seis anos, seis coronéis já ocuparam o cargo máximo da Polícia Militar - média de um por ano. Nesse período, a cúpula da PM passou por algumas crises - a mais marcante foi o caso da Marlene Rica, de Joinville.

Nos quatros anos de Esperidião Amin, a cadeira foi ocupada apenas pelo coronel Walmor Backs. Na verdade, Backs se ausentou nos últimos quatro meses para concorrer a deputado.

Escrevi aqui que os oficiais João Luiz Botelho (chefe da Casa Militar) e Marlon Jorge Teza (presidente do Clube dos Oficiais) disputam o comando da Briosa. A briga ainda existe. Mas com novos elementos. Botelho foi promovido a coronel, ficando assim com as credenciais para assumir o posto a qualquer momento - mesmo com contrariedade dos coronéis mais antigos.

Marlon ficou um pouco mais distante da cadeira de Eliésio, pois aquele foi protagonista de uma insurreição de oficiais contra a vontade deste. O presidente da Acors articulou um grupo de oficiais para retomar, à força, os quartéis ocupados pelo movimento dos praças. O comandante geral não sabia da movimentação e se irritou quando descobriu a conspiração. Desautorizou a ação, que seria realizada pelas tropas especiais na noite de Natal, e garantiu às lideranças do movimento da Aprasc que não haveria confronto.

Escreveu Eliésio em nota interna: "Apartados do compromisso ético e moral, com o nítido fito de desestabilizar o Comando-Geral da Corporação, tais 'lideranças' ardilosamente procuraram influenciar Oficiais PM a tomarem medidas isoladas e descabidas na busca de factóides. Não raras às vezes, para desobstrução dos Quartéis propunham medidas truculentas com resultados incertos, haja vista a significativa presença de mulheres e crianças". Em outro trecho fala das "tentativas de disseminar que nossa Corporação estava órfã de Comando" - disseminadas por oficiais superiores.

O coronel Eliésio não deu nome aos bois, mas dentro da caserna sabe-se que o responsável por "queimar" o comandante e conspirar durante as madrugadas foi o coronel Marlon. Apesar de ter melhor trânsito entre os oficiais, em comparação com Botelho, Marlon perdeu pontos com o governador. Resta saber se o presidente da Acors também vai passar por processo disciplinar a exemplo dos praças.

Comandantes da Polícia na Era LHS

Eliésio Rodrigues: 09/01/2007
Edson Souza: 05/05/2006 até 09/01/2007
Bruno Knihs: 13/04/2005 até 05/05/2006
Ivan Morelli: 06/04/2004 até 13/04/2005
Anilson Nelson da Silva: 06/02/2004 até 06//04/2004
Paulo Conceição Caminha: 07/01/2003 até 06/02/2004

Comandantes da PM na Era Amin

Sérgio Wallner: 20/08/2002 até 07/01/2003
Walmor Backs: 05/01/1999 até 20/08/2002

11 de jan. de 2009

Enquete encerrada: Pavan é o mais rejeitado

Leonel Pavan, vice-governador, venceu a rejeição na enquete feita entre os leitores do blog, com 54%, seguido de Dário Berger. Pinho Moreira é quem tem menos rejeição.

Resultado final da votação

Em quem você não votaria para governador em 2010?

Dário Berger (PMDB): 19 (51%)

Eduardo Pinho Moreira (PMDB): 10 (27%)

Ideli Salvatti (PT): 17 (45%)

Leonel Pavan (PSDB): 20 (54%)

Raimundo Colombo (DEM): 12 (32%)

Votos até o momento: 37

Obrigado a todos que votaram.

10 de jan. de 2009

Dentão e Dentinho

Li na "Folha de São Paulo" e trouxe para cá:

LEIO NO UOL que Dentinho, do Corinthians, é um dos atacantes cogitados pelo Lyon, campeão francês, para ocupar a vaga que deve ser deixada por Fred.

Os outros são o palmeirense Kleber, o cruzeirense Guilherme e o coxa-branca Keirrison.
Se Dentinho deixar o Corinthians, haverá vários motivos para lamentar. Primeiro, porque se desfaria assim uma dupla singularmente simpática e potencialmente poderosa: Dentinho e Dentão, que é como o cartunista Ziraldo rebatizou Ronaldo, transformado por ele em personagem de desenho.

Os dois são carismáticos, risonhos, dentuços. Uma amiga querida brincou: o dente está para o futebol como a língua presa para o automobilismo? Boa pergunta. Mercados garantidos para fonoaudiólogos e ortodontistas.

Mas a possível saída de Dentinho seria lamentável também por outros motivos. Poucos viveram com tanta intensidade e em tão pouco tempo a agonia e o êxtase de ser corintiano.
Aos 19 anos, com apenas duas temporadas no profissionalismo, ele vivenciou a alegria de ser craque revelação do Paulistão, a depressão do rebaixamento à Série B e a redenção do retorno triunfal à elite. Foi aplaudido, vaiado, carregado em triunfo.

Um verdadeiro curso de madureza.

Mas Dentinho, como muita gente sabe, tem outra peculiaridade. Assim como o ex-craque italiano Roberto Baggio, ele é budista. Curioso esse paralelo: se o sereno budismo de Baggio surpreendia por caracterizar alguém inserido numa cultura altamente ruidosa e passional, o que dizer do budismo de um garoto pobre da periferia paulistana, corintiano desde o berço?
Só o fato de ter passado ao largo do catolicismo, da umbanda e dos mil tentáculos evangélicos que dominam o ambiente futebolístico já faria de Dentinho um caso à parte.
Mas o mais interessante, a meu ver, é que o seu budismo é um budismo à brasileira, ou melhor, um budismo corintiano, "maloqueiro e sofredor" como convém.

Uma das imagens mais belas e inusitadas do ano futebolístico que passou foi protagonizada por Dentinho e o goleiro Felipe, ao final da partida em que o Corinthians venceu o Ceará, no Pacaembu, selando sua volta à Série A. Invertendo o que normalmente acontece, os dois saltaram o alambrado para cair no meio da massa alvinegra em festa.

Um evento inesquecível.

No momento em que todos os holofotes estão voltados para o Dentão que aliás salvou nesta virada de ano a mídia esportiva da falta de assunto, acho que vale a pena pensar um pouco na trajetória do Dentinho, que o técnico Paulo César Carpegianni tentou sem êxito chamar de Bruno Bonfim.

O noticiário sobre Ronaldo é feito quase só de números: os milhões de reais de salário, as quotas da publicidade, os quilos a mais, o percentual de gordura, as semanas de treino.
Mas na figura de Dentinho, no seu percurso meio desengonçado pelo campo e pela vida, há algo que não se pode medir ou quantificar. Nem definir. Seja no "terrão" da zona leste, no Pacaembu ou nos gramados franceses, é um menino do Brasil, correndo em busca do seu satori (o estado zen-budista de iluminação). E isso é bonito de ver.

José Geraldo Couto - 10/01/2009

9 de jan. de 2009

Ex-vereador Miotto já está empregado

O ex-vereador Jair Antônio Miotto (PTB) perdeu o emprego na Câmara dos Vereadores de Florianópolis, mas logo conquistou um cargo no gabinete do deputado estadual Narcizo Parisotto, também petebista. Miotto foi contratado a partir da Portaria 2098, de 17/12/2008, publicada no Diário da Assembléia Legislativa. Ele foi enquadrado no nível máximo entre os servidores de gabinete.

8 de jan. de 2009

Recordar é viver: LHS x Aprasc

Nos textos a seguir, o leitor vai poder acompanhar a evolução (ou involução) da relação entre a Associação dos Praças de SC (Aprasc) e o governador Luiz Henrique da Silveira. Os textos foram todos extraídos do site oficial do governo: www.sc.gov.br desde 2005. Uma análise de outras fontes, jornais estaduais e a própria imprensa da Aprasc, pode qualificar o entendimento. As fotos são da Secretaria de Comunicação [clique na imagem para ampliar].

Em outubro de 2005, ainda em seu primeiro mandato, o governador Luiz Henrique da Silveira prometeu ampla revisão ao Regulamento Disciplinar dos Policiais Militares (RPDM) e garantiu anistia sempre que houver injustiça e perseguição.

Veja a nota publicada no site do governo.

Governador recebe grupos sindicais pela defesa das liberdades democráticas

Florianópolis (25/10/2005) - O governador Luiz Henrique recebeu em audiência, na tarde desta terça-feira (25), vários grupos sindicais que solicitaram apoio ao Governo do Estado na luta pela defesa das liberdades democráticas e dos movimentos sociais. Mas os grupos, em especial, pediram para que o governador interceda junto à Justiça em favor do sargento da PM, Amauri Soares.

Após ouvir as reivindicações, o governador mostrou-se sensibilizado pelas manifestações e confirmou que há necessidade de transformações na legislação que é secular. “Já realizei várias anistias em outras oportunidades e, em breve, estarei realizando outras. E no que depender da minha assinatura, não haverá injustiças”, afirmou o governador, que salientou ainda o empenho na revisão geral da legislação reguladora de todo o sistema da Segurança Pública do Estado, no sentido de torná-la moderna e justa dentro dos princípios constitucionais. .

Os grupos sindicais, que estiveram representados pela Aprasc (Polícia Militar), Educação, Saúde, Motoristas e Cobradores, entre outros, receberam do governador a certeza de que a democracia e o diálogo continuarão em sua gestão, e informou: “Aos policiais afirmo que novos tempos virão. Já está em encaminhamento para Assembléia Legislativa a nova Lei de Organização Básica da Polícia Militar (a que está em vigência foi escrita em 1983 e ela deveria ter uma vigência de no máximo 10 anos). E, além deste, também está na AL o novo Plano de Carreira e Promoção dos Praça da Polícia Militar. Isso, com certeza, irá recuperar a estima do policial militar", concluiu.

Ainda em 2005, o governador reconheceu a importância das atitudes reivindicatórias da Aprasc e sua legitimidade. A entidade foi fundamental para a confecção do plano de carreira dos praças (Lei Complementar 318, de 17 de janeiro de 2006), tanto que o presidente da Aprasc na época, o sargento Manoel João da Costa, foi convidado pelo ex-governador Eduardo Pinho Moreira, atual presidente do PMDB, para assinar o Decreto nº 4.633, em 11 de agosto de 2006, que regulamenta o plano de carreira.

Confira a notícia publicada no site do governo:

"Governo já promoveu 2.463 PMs", diz Luiz Henrique em comemoração ao Dia do Soldado

Florianópolis (25/8/2005) - O governador destacou que só foi possível chegar a assinatura desse projeto após meses de estudo de uma equipe formada por membros do Governo e por representantes dos praças, como a Aprasc e outras entidades representativas. O projeto estabelece um sistema de pontuação que vai promover soldados e praças que investirem no aprimoramento pessoal por meio de cursos. Haverão as promoções por mérito em casos de bravura. Além disso, 25% das promoções estão reservadas aos policiais mais antigos.

A Aprasc foi a única entidade sindical do Estado que promoveu uma assembléia geral para ouvir os candidatos a governador em 17 de outubro de 2006, no segundo turno. E, depois das explanações dos candidatos Luiz Henrique da Silveira e Esperidião Amin, promoveu uma votação, na qual LHS recebeu ampla maioria de apoio, inclusive - e principalmente - das lideranças. No dia 1º de dezembro de 2007, na posse dos deputados estaduais, Luiz Henrique subiu no palanque dos amigos aprasquianos e prometeu a instalação de uma mesa de negociação em 15 dias. Desde então, de quinzena em quinzena, o governo vai postergando a apresentação de um cronograma de pagamento da Lei 254.

Veja outra nota publicada no site do governo:


Governador participa da posse dos novos deputados e da instalação da 16ª Legislatura

Florianópolis (1/2/2007) - Ao final da solenidade, na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembléia, o governador confraternizou com os participantes do ato promovido pela Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc), ocasião em que reafirmou seu compromisso prioritário com a segurança do cidadão e com a valorização profissional dos policiais militares.

Em 2008, o discurso começou a mudar - e por que não dizer radicalizar - em relação à Aprasc.

Veja as notas retiradas do site do governo

Nota oficial

Florianópolis (26/12/2008) - Tudo isso foi construído no diálogo democrático. Até que, eleito Deputado Estadual, o Sargento Amaury Soares, em nome da APRASC, resolveu seguir pelo caminho da radicalização, fechando via pública e tomando a frente dos quartéis para forçar uma negociação pela Força.

O Governo do Estado não negociará com a faca no peito. Os Comandantes, que contam com o meu total apoio e solidariedade, ao invés de reagir com violência, usarão, com todo rigor, as normas disciplinares previstas em seus regulamentos.

Procuradoria Geral do Estado justifica ação proposta à Justiça

Florianópolis (29/12/2008) - O procurador-geral do Estado, Sadi Lima, justificou nesta segunda-feira (29) a ação proposta à Justiça referente à dissolução da Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc). "Esta ação foi proposta à Justiça pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) porque a entidade estava exercendo atividades ilícitas. A Constituição Federal limita o direito a associação apenas para fins lícitos. A Aprasc, no entanto, estava sendo utilizada para incitar os militares a fazer greve e a fechar o acesso aos quartéis", informou Lima.

Na mesma ação, a Justiça atendeu ao pedido da PGE para a retirada do ar do site da Aprasc. A referida página da Web estaria sendo usada para ‘fins ilícitos’.

Governo analisa medidas para servidores da Segurança Pública

Florianópolis (7/1/2009) - Por orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), o governo não vai mais negociar com a Aprasc (Associação das Praças de Santa Catarina). No entender da PGE, a Aprasc não tem legitimidade enquanto perdurar as ações judiciais decorrentes dos episódios registrados no final do ano passado. Em função disto, ficou acertado que cada um dos comandos que formam o sistema de segurança pública, será responsável em conversar com as suas entidades representativas.

Nota explicativa: o texto foi revisado e ampliado às 15h45min de 08/01/2009.

7 de jan. de 2009

Mais do mesmo. E a Lei 254?


A cúpula da Segurança Pública se reuniu durante todo o dia 7 de janeiro e convocou a imprensa para anunciar a grande novidade: o governo não vai pagar a Lei 254. E mais: avisou que não negocia mais com a Aprasc, sob orientação da Procuradoria Geral do Estado, já que a entidade "não tem legitimidade enquanto perdurar as ações judiciais".

Agora, o Executivo também é Judiciário e Ministério Público, pois já acusou e condenou a Aprasc.

Foto: © Alexandre Brandão

Benedet chove e não molha

Ronaldo Benedet (PMDB), secretário de Segurança Pública e Defesa do Cidadão, está se tornando o patinho feio do governo. Pela segunda vez, em menos de 15 dias, ele foi desautorizado pelo governador a negociar com a APRASC.

Na primeira oportunidade, em uma reunião secreta na véspera de Natal com representantes dos praças, ele se comprometeu a atender algumas condições para o encerramento do movimento de paralisação dos quartéis. O encontro foi realizado na sede do Sinte Regional de Florianópolis e teve ainda a participação do comandante geral da PM, coronel Eliésio Rodrigues. Benedet aceitou as condições, mas pediu algumas horas para se reportar ao chefe.

Pelo combinado, a reunião seria retomada no período da tarde. Já eram quase 15 horas, quando Benedet avisou, por telefone, que estavam encerradas as conversações e nem apareceria para a conversa vespertina. O secretário foi enquadrado pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e seu Comitê Gestor, hoje dominado pelo DEM.

Ontem, em matéria publicada no jornal online do "Diário Catarinense", a assessoria do secretário informou que haveria reunião com a APRASC no dia 7 de janeiro - uma hora e meia depois, a assessoria do Palácio "desmentiu" a notícia. O ClicRBS (na imagem) manteve a "correção" com destaque.

Benedet sabe muito bem que esse embróglio com os praças, levado adiante pelo governo, só prejudica sua carreira política. Na última eleição para deputado estadual, ele foi um dos mais votados do Estado porque recebeu forte apoio do setor segurança pública. A briga interessa mais aos Democratas, que o vêem mais como concorrente do que como aliado. O também deputado-licenciado, Onofre Santo Agostini (DEM), secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável, vai ser seu principal opositor numa disputa para a Câmara Federal.

Em conversas reservadas, quando estava prestes a assumir a Secretaria da Fazenda, Antônio Gavazzoni (DEM) chegou a classificá-lo de "incompetente" e chamou para si a responsabilidade de negociar e autorizar o pagamento. É o líder da fritura.

Benedet só não foi demitido porque seria mal negócio para Luiz Henrique. Vontade e forças políticas puxando para esse lado não faltam.

4 de jan. de 2009

Corinthians se acerta em 2008, mas pode errar com Ronaldo em 2009

O Corinthians terminou seu calendário de competições em 2008 praticamente impecável. Ascendeu à Série A com glória e merecimento e - de quebra - quebrou todos os recordes da Segundona: 74% de aproveitamento, 79 gols pró, 29 contra e 50 de saldo. Nada mais que sua obrigação, poderiam dizer os anti-corinthianos. Mas o Timão fez muito melhor que o Grêmio e Palmeiras, quando eles caíram para a Série B.

Na Copa do Brasil, principal atalho para a Copa Libertadores, o Corinthians chegou quase lá. Ficou muito próximo de ser campeão. Certamente, a equipe liderada pelo técnico Mano Menezes ainda não estava preparada. O amadurecimento se deu mesmo durante a Série B.

A propósito, a contratação do atacante Ronaldo pode quebrar a principal virtude do elenco do Corinthians. Um grupo homogêneo, sem grandes estrelas e com todos disputando as vagas de titular. O Fenômeno vai ganhar uma salário de galáctico, para os padrões brasileiros, e já pode contar com uma vaga de titular no ataque. Suas declarações tentando desmentir seus privilégios só reforçam a hipótese que ele pode desestabilizar o elenco.

A intenção do presidente Andrés Sanches com a contratação de Ronaldo é aumentar a exposição da marca Corinthians no Brasil e mundo e trazer lucros em vendas de produtos licenciados, ingressos e patrocínios. Enfim, ele está colocando a publicidade acima do departamento de futebol. Da mesma forma que, em tempos remotos, o Timão colocou as finanças nas mãos da MSI de Kia Joorabchin.

Espero que Sanches esteja certo e eu errado.

2 de jan. de 2009

Mais veloz que Superman: Justiça obriga exclusão do novo site da APRASC

A Justiça é cega, mas bastante veloz. Mais uma vez, a Dona Justa determinou a retirada do novo site da APRASC (aprascnaluta.com.br), a pedido do comandante geral da Polícia Militar, coronel Eliésio Rodrigues. A decisão foi da juíza substituta Maria Augusta Tridapalli, assinada às 17h25min, e entregue por oficial de justiça ao presidente da entidade, deputado Sargento Amauri Soares, em sua residência, às 18h55min.

De acordo com a determinação da juíza, até o dia 7 de janeiro está proibida a confecção de novo endereço, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia.

No dia 27 de dezembro, quando suspendeu o movimento de paralisação dos quartéis em todo Estado, a APRASC recebeu determinação da Justiça, a pedido do governador Luiz Henrique da Silveira, para suspender o site aprasc.org.br.

[Enquete] Em quem você não votaria para governador em 2010?

Montei uma enquete testar a rejeição dos principais possíveis candidatos ao governo do Estado de SC: Dário Berger (PMDB), Eduardo Pinho Moreira (PMDB), Ideli Salvatti (PT), Leonel Pavan, (PSDB) e Raimundo Colombo (DEM).

Vote na coluna do lado direito.