O Corinthians terminou seu calendário de competições em 2008 praticamente impecável. Ascendeu à Série A com glória e merecimento e - de quebra - quebrou todos os recordes da Segundona: 74% de aproveitamento, 79 gols pró, 29 contra e 50 de saldo. Nada mais que sua obrigação, poderiam dizer os anti-corinthianos. Mas o Timão fez muito melhor que o Grêmio e Palmeiras, quando eles caíram para a Série B.
Na Copa do Brasil, principal atalho para a Copa Libertadores, o Corinthians chegou quase lá. Ficou muito próximo de ser campeão. Certamente, a equipe liderada pelo técnico Mano Menezes ainda não estava preparada. O amadurecimento se deu mesmo durante a Série B.
A propósito, a contratação do atacante Ronaldo pode quebrar a principal virtude do elenco do Corinthians. Um grupo homogêneo, sem grandes estrelas e com todos disputando as vagas de titular. O Fenômeno vai ganhar uma salário de galáctico, para os padrões brasileiros, e já pode contar com uma vaga de titular no ataque. Suas declarações tentando desmentir seus privilégios só reforçam a hipótese que ele pode desestabilizar o elenco.
A intenção do presidente Andrés Sanches com a contratação de Ronaldo é aumentar a exposição da marca Corinthians no Brasil e mundo e trazer lucros em vendas de produtos licenciados, ingressos e patrocínios. Enfim, ele está colocando a publicidade acima do departamento de futebol. Da mesma forma que, em tempos remotos, o Timão colocou as finanças nas mãos da MSI de Kia Joorabchin.
Espero que Sanches esteja certo e eu errado.