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3 de dez. de 2014

Adesão à EBSERH é polêmica


A adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) do Hospital Universitário da UFSC foi o principal tema de debate promovido pelo programa "Compromisso JA", do Jornal do Almoço, do grupo RBS TV. A falta de funcionários para operar o HU e a necessidade de contratação temporária foram os principais problemas apontados.

A EBSERH é uma empresa pública com personalidade jurídica de direito privado criada para gerir os hospitais universitários do país e com patrimônio próprio e vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Aprovada em lei em 2011, nos últimos dias do governo Lula, a EBSERH praticamente tem dois anos de atuação efetiva, e surgiu com o objetivo de dar uma resposta para o problema de falta pessoal nos hospitais-escolas.

Até então, as terceirizações se intensificaram nos hospitais universitário com a falta de financiamento da União e por causa do jogo de empurra-empurra entre os Ministérios da Educação e da Saúde, que divergem sobre a responsabilidade dos HUs. Em 2006, o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou essas contrações sem concurso público irregulares.

Com a EBSERH, os servidores serão enquadrados através do regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e não como funcionários públicos.

Com 34 anos de existência, o HU hoje tem um déficit de cerca de 400 funcionários, segundo informa o diretor do HU, Carlos Alberto Justus. "Existem 200 leitos funcionando, mas o hospital tem capacidade para 317, apesar de ser sido projetado, na década de 1970, para 500 leitos", relata. Segundo ele, o problema de falta de pessoal se agravou com a extinção do cargo de auxiliar de enfermagem e a dificuldade de contratação temporária para suprir o afastamento de servidores.

Hoje em dia, como os demais hospitais universitários do Brasil, o HU consegue sobreviver com aplicação da chamada hora-plantão, que é a hora-extra do trabalhador, para conseguir dar conta dos atendimentos.

De acordo com a presidente em exercício da EBSERH, Jeanne Liliane Marlene Michel, a empresa é uma "ferramenta" criada pelo MEC para ajudar as universidades a gerir os hospitais. No debate, ela confirmou a opção da EBSERH de contratação por meio da CLT, mesmo com concurso público, em detrimento ao Regime Jurídico Único do serviço público federal. Jeanne também declarou que não existe outra forma de contratação temporária no serviço público a não ser o modelo da EBSERH, via CLT, ou em caso de calamidade pública.

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da UFSC, Rafael Pereira, discordou da presidente da EBSERH e garantiu que há possibilidade de contratação temporária, dentro do regime de serviço público, e citou o exemplo dos professores substitutos da UFSC. Ele também apontou o artigo 37 da Constituição Federal, que permite a contratação temporária "de interesse público".

"A EBSERH tem uma visão ortodoxa em relação à isso, mas existe vida fora da CLT. Nós defendemos o Regime Jurídico Único e a administração pelas universidades. O hospital universitário é uma organização complexa de ensino, pesquisa e extensão. E, sendo a saúde um serviço público, esse direito não deve ser administrado por uma empresa", defendeu Pereira.

Outro problema apontado pelo diretor do Sintufsc é o plano de carreira oferecido pela empresa, bem diferente dos atuais servidores do HU. "A solução não trás novidades e não coloca soluções efetivas para os problemas do hospital e da saúde. O problema da saúde é estrutural".

Representante do Fórum Catarinense em Defesa do SUS, a enfermeira Simone Hagemann também discorda da posição de que a EBSERH é a única alternativa. "Dentro do Regime Jurídico Único existem alternativas para reposição de pessoal", afirma ela, que também é diretora do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde).

Um dos problemas da EBSERH, de acordo com Simone, é a insegurança jurídica de sua implementação. Em 20113, o Ministério Público Federal, entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4895) contra dispositivos da Lei 12.550/2011, que autorizou a criação da EBSERH. Para o MPF, a lei viola dispositivos constitucionais ao atribuir à EBSERH a prestação de um serviço público. Além disso, segundo a ADI, a lei está em desarmonia com a Lei Orgânica do SUS, que determina em seu artigo 45 que “os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Questionada qual solução propõe, a representante do Fórum Catarinense defendeu mais e melhor gestão pública. "A EBSERH nao é somente para contratação de pessoal, mas para fazer toda a gestão do hospital e condução do ensino e da pesquisa. O que o HU precisa é a ampliação dos cargos. A lei permite a contração através de concurso, sendo que atualmente existe concurso em aberto. O que gerou o déficit de funcionários foi a falta de gestão, já que o hospital foi ampliado, mas não se previu mais contratação", explica.

A adesão à EBSERH também foi exaustivamente debatida entre a comunidade universitária em sete reuniões, de caráter informativo e consultivo, promovidas pela direção da UFSC. A decisão final é do Conselho Universitário (CUn), confome destacou a vice-reitora da UFSC, Lúcia Helena Martins Pacheco no debate da RBS.

A universidade goza de autonomia administrativa e pedagógica e não é obrigada à aderir à empresa, mas, se não o fizer, fica impedida de realizar abertura de concurso público e pode sofrer corte de recursos da União.

O debate continua em 2015, quando o CUn volta se reunir.

14 de jan. de 2013

Promotora Sonia Piardi fala contra a terceirização da saúde



Entrevista com a Promotora de Justiça Sonia Maria Demeda Groisman Piard, concedida para Elisa A. Ferreira, Alexandre Silva Brandão (edição) e Marcio Fortes, para o 1º Seminário Catarinense em Defesa do SUS, em 5 e 6 de novembro de 2012, no auditório da Reitoria da UFSC.


15 de out. de 2012

Servidores da saúde de Joinville realizam ato público

Os servidores estaduais da saúde, com a greve suspensa desde a semana passada, começam a realizar atividades de protesto nas unidade de saúde. Em Joinville, nesta segunda-feira, 15, os servidores realizam ato público de uma hora, das 13h às 14h, no Pronto-Socorro do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. As duas unidades do município participam da atividade e contam com reforço dos trabalhadores de Florianópolis. Na quarta-feira, 17, o ato público será realizado na Capital, a partir das 14h, na Praça Tancredo Neves, Centro.

A agenda de paralisações de uma hora, todos os dias, reforça a mobilização e o caráter temporário da suspensão da greve.

10 de out. de 2012

Deputado Morastoni manifesta apoio aos servidores da saúde

Foto: Fábio Queiroz / Agência AL
O deputado Volnei Morastoni (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, apoiou da tribuna, na tarde de quarta-feira 10/10, as reivindicações dos servidores da saúde e elogiou o voto de confiança de 15 dias dado pela categoria ao governador. A greve começou na terça-feira 09/10 e foi suspensa temporariamente depois de decisão em assembleia extraordinária.

O parlamentar também lembrou da campanha Outubro Rosa, em vigor pela conscientização pela prevenção do câncer de mama. Ele ainda defendeu que a União destine 10% da receita bruta à saúde. “Para dar conta das responsabilidades do SUS”, afirmou.

9 de out. de 2012

Paralisação afeta 70% do serviço público estadual de saúde

A greve de praticamente apenas um dia, suspensa temporariamente em decisão da assembleia após apelo do governo do Estado, paralisou cerca de 70% do serviço público estadual do Estado, de acordo com estimativa da diretora do Sindsaúde, Simone Hagemann.

O movimento alcançou as 10 principais unidades de saúde do Estado: Instituto de Psiquiatria (IPQ), Hospital Regional de São José, Maternidade Carmela Dutra, Hospital Celso Ramos, Cepon, Hemosc, Hospital Nereu Ramos, Hospital Infantil, Maternidade Darcy Vargas e Hospital Regional de Joinville.

Ficaram mantidos os atendimentos de emergência e urgência. Os pacientes já internados também continuaram recebendo assistências. As demais atividades ficaram suspensas.

Saúde decide suspender greve por duas semanas

Foto de Carlos Kilian / Agência AL
A assembleia extraordinária dos servidores da saúde, reunidos no hall da Assembleia Legislativa na tarde terça-feira (09/10), aprovou a suspensão temporária da greve da categoria até o dia 23 de outubro. A defesa da proposta foi feita na reunião pelos integrantes do comando de greve, que resolveu dar um voto de confiança ao governo do Estado.

Também ficou decidido manter paralisação de uma hora, todos os dias, das 13 às 14 horas.

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Em ofício enviado na segunda-feira (08/10), o secretário-adjunto da Secretaria da Saúde, Acélio Casagrande, pede aos diretores do Sindicato da Saúde a supensão do movimento por 15 dias, quando o governo promete apresentar manifestação "acerca da pauta de reivindicações".

Para a direção do sindicato, no entanto, ainda fica a dúvida sobre o conteúdo da contraproposta que o governo vai apresentar em duas semanas e qual ponto da pauta de reivindicações o governo pretende atender.

Assembleia rosa das servidoras da saúde

A iluminação temática do Outubro Rosa na Assembleia Legislativa deu uma coloração diferente para a reunião dos servidores da saúde no hall do Parlamento, muito apropriado para as servidoras, que são a grande maioria na categoria.

Fotos de Carlos Kilian, da Alesc.



Deputado Soares comenta greve dos servidores da saúde

Publicado originalmente no site do deputado Sargento Soares
A deflagração da greve dos servidores estaduais da saúde foi comentada na tarde desta terça-feira (09/10) pelo deputado Sargento Amauri Soares em seu pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa. Os servidores estão há mais de um mês mobilizados em torno do reajuste salarial, quando o governo, segundo o deputado, "de forma imprudente provocou a categoria".

A mobilização começou depois que Secretaria de Estado da Saúde anunciou o corte gradual de horas extras, chamadas de horas plantão, e a contratação de 300 servidores para o Hospital Regional de São José. Segundo o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), o pagamento da hora plantão representa hoje de 30 a 75% do salário dos servidores. Por mais de 20 anos, ainda segundo o sindicato, o governo se utilizou do expediente da hora plantão para suprir a falta de funcionários, deixando os servidores, na opinião do deputado, "sufocados por uma jornada de trabalho intensa".

16 de nov. de 2011

Contra a privatização do Samu

Uma manifestação organizada por pessoas que lutam contra a privatização dos serviços públicos em saúde vai ser realizada nesta quinta-feira, 17 de novembro, na Secretaria de Estado da Saúde. O objetivo é protestar contra a entrega da gestão do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para uma organização social.

O ato começa a partir das 13 horas com concentração em frente ao prédio.

18 de out. de 2011

Sindsaúde organiza mobilização dia 19

Com pendências na negociação e sem retorno do governo estadual, servidores da Saúde do Estado, através do Sindsaúde, realizam quarta-feira (19) o dia de mobilização com concentração e paralisação nos hospitais.

Só na Grande Florianópolis foram encomendadas 2.500 coxinhas e em Joinville, mais de 300 salgadinhos - para lembrar ao governo que o vale-alimentação da categoria, de R$6, está congelado há mais de 10 anos, e é um dos itens da pauta que não avançou.

Outros pontos também estão sem resposta. Como a reposição da inflação de 8,33% - referente ao período de 2009 a 2010 - e abertura de concurso público.

No dia 15 de junho deste ano, a categoria da saúde conseguiu arrancar do governo uma dívida antiga não cumprida no acordo de greve, a incorporação do abono de R$16,76%. Como garantia para não decretar greve na época, a Secretaria da Saúde se comprometeu a realizar estudo dos demais itens da pauta e avançar junto com o SindSaúde nas questões em um prazo de 120 dias. Encerrado no dia 15 de outubro, a categoria volta a manifestar descontentamento e a exigir do Executivo uma posição.

30 de set. de 2011

Solução para financiamento da saúde passa pela auditoria da dívida pública

Trago para cá notícia publicada no portal do Andes-SN que trata, na raiz, do problema de financiamento da saúde:

Desde que o governo delegou ao Congresso a missão de buscar soluções para o financiamento da saúde, regulamentado a partir da Emenda Constitucional 29, o assunto vem ocupando as manchetes, mas poucas saídas concretas foram apresentadas até o momento.

Na última semana, a Câmara aprovou o texto da EC 29, excluindo a proposta de criação de mais um tributo, no caso a Contribuição Social da Saúde (CSS), e jogou para o Senado a responsabilidade de discutir a fonte de recursos.

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), em um discurso enfático, ironizou a questão. "Senadores, o abacaxi agora passa para as mãos dos senhores e senhoras. Quando vocês chegarem a uma conclusão, nós estaremos esperando ansiosos a sábia proposta dos senhores", disse o deputado.

Embora o governo alegue que não há dinheiro para mais investimentos, os movimentos sociais e entidades de classe relacionadas à saúde e educação defendem há tempo que existe recursos disponíveis para o financiamento dos direitos sociais, mas que estes estão sendo desviados para o pagamento dos juros e amortização da dívida pública.

“Dados do Orçamento Geral da União denunciam a destinação de 45% dos recursos para a dívida, enquanto a Educação e Saúde recebem juntas menos de 7%”, alerta Maria Lúcia Fattorelli, auditora fiscal e coordenadora do movimento Auditoria Cidadã da Dívida.

Em recente artigo divulgado pela Frente Contra a Privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o médico e diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, Felipe Monte Cardoso, também aponta a questão da utilização de verbas para o pagamento da dívida em detrimento de uma política precária de investimento em áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do país.

21 de mar. de 2011

Criciúma: Samu e PM inauguram Central Integrada

As Secretarias da Saúde e da Segurança Pública e Defesa do Cidadão realizam, na segunda-feira (21), inauguração da Central Regional de Emergência e Socorro Integrado em Criciúma, agregando o trabalho entre Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Polícia Militar. A solenidade será às 16h, no 9º Batalhão da PM.

De acordo com o portal do governo do Estado, o investimento para a instalação da Central de Criciúma foi de aproximadamente R$ 57,5 mil, sendo R$ 44 mil proveniente da Secretaria de Segurança Pública e Defesa do Cidadão e R$ 13,5 mil da Secretaria de Estado da Saúde.

18 de mar. de 2011

A privatização da saúde em debate

O debate sobre a transferência administrativa dos hospitais públicos do Estado para as organizações sociais e sua implicação na privatização do Sistema Único de Saúde (SUS) será incentivado com a realização de seminário sobre o tema, promovido pelo SindSaúde e Sindprevs. O evento vai ser dia 28 de março, das 14h às 19h, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), em Florianópolis (SC).

A transferência da saúde pública estadual está entre as principais metas do governo Raimuindo Colombo e do secretário de Saúde, Dalmo de Oliveira.

14 de mai. de 2010

Negociação entre saúde e governo mais próxima do fim


Fotos: Linete Martins / Divulgação

O governo do Estado deu mais um aceno em direção a um acordo com os trabalhadores da saúde. Em reunião, na tarde de sexta-feira (14), entre os dirigentes do Sindsaúde e o secretário da Administração, Paulo Eli, foi confirmado que o governo que vai acatar a reivindicação da categoria e incorporar ao vencimento o abono de 16,78% para toda a Secretaria da Saúde, independente do nível e do local de trabalho.

A conversa teve ainda a presença da deputada Ana Paula Lima (PT), representando a comissão de Saúde da Alesc.

Segundo informou o sindicato, a incorporação do abono para todos os servidores vai significar um impacto de R$ 41 milhões na folha de pagamento, enquanto que a medida provisória que concedia reajuste discriminatório teria impacto de R$ 39 milhões.

O governo agora vai estudar um parecer legal, através da Procuradoria do Estado, para encaminhar projeto de lei à Assembleia Legislativa até 3 de junho.

Na próxima quarta-feira (19), o governo se reúne novamente com o Sindsaúde.

5 de mai. de 2010

Saúde: acordo à vista

Foto: Ivan Pimentel

De acordo com informações da assessoria de imprensa da deputada Odete de Jesus (PRB), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, um acordo entre o governo e o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde) pode dar um fim ao indicativo de greve da categoria.

Segue trecho da notícia:
O SindSaúde aceitou aguardar até o próximo dia 14, quando receberá um projeto que prevê reposição salarial de 7,5% por conta da inflação de 2009/10, o que é permitido por lei, e o parcelamento de outros 9,26% previstos na incorporação do abono de 16,76% da Lei Complementar 479/09. O secretário de Estado da Administração, Paulo Eli, garantiu que estudo estará pronto até a data do novo encontro.
Além da deputado Odete, participaram da negociação os seguintes parlamentares: Ana Paula Lima (PT), Darci de Matos (DEM), Antonio Aguiar (PMDB), representando a base do governo da Alesc, e Kennedy Nunes (PP).

27 de nov. de 2009

Servidores da saúde conquistam reajuste e suspendem greve

A assembleia dos servidores da saúde aprovou, no final da tarde de sexta-feira (27), a última proposta da Secretaria da Saúde de reajuste através de abono e suspenderam o estado de greve. A oferta de incremento salarial de duas parcelas de 8,38 % (janeiro e maio de 2010) sobre o vencimento básico foi negociada com o comando de greve e representantes do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde). O aumento não vai surtir efeito sobre os adicionais, como tempo de serviço e insalubridade, mas vai ser descontado nos impostos de renda e previdenciários.

No próximo ano, a categoria vai continuar a mobilização para incorporar o abono ao salário.