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8 de abr. de 2010

Dificuldade para os oficiais

A vida não está fácil para os oficiais da Polícia Militar. Além de terem dificuldades para ganhar os R$ 2 mil de abono, de forma lenta, gradual e insegura, e se equipararem, mesmo que parcialmente, aos delegados da Polícia Civil, agora vão ter que engolir o doutor André Luiz Mendes da Silveira no posto máximo da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Para os oficiais, pior que um leigo, como o ex-secretário Ronaldo Benedet (PMDB), é um dirigente da instituição chamada "co-irmã". É um acinte, uma provocação. Mais: é uma demonstração da fraqueza política dos coronéis em relação aos delegados.

Em anos passados, para corrigir essa briga, o ex-governador Esperidião Amin chegou a dar status de secretaria à Polícia Militar.

Além da briga PC x PM, está a briga interna corroendo a unidade da categoria. Duas chapas, do campo da oposição, já se declararam que vão brigar pela diretoria da Associação dos Oficiais (Acors), enquanto que a situação ainda não se manifestou. As oposições já chegaram no nível de afirmar que a atual comandância da instituição e a presidência da associação não tem mais legitimidade diante de tanto vacilo na negociação salarial.

A briga interna também opõe oficiais "superiores" (coronéis e tenentes-coronéis) e "inferiores" (majores, capitães e tenentes). Esses últimos se sentem abandonados depois que os primeiros receberam as melhores gratificações, com acúmulos de comandos, através da Lei Complementar 454, aprovada ano passado. Para a base, depois que a alta cúpula alcançou o teto (de R$ 15 mil), e a quebra do teto, se acomodaram para defender os outros.

A terceira divisão inclui os praças e oficiais. A confecção de projeto de lei, obra de oficiais próximos ao governo, com abono com diferença de oito vezes, abriu ainda mais o fosso financeiro, moral e emocional que separa comandantes e comandados.

Polêmica

As medidas provisórias que tratam do abono dos militares (R$ 2 mil para a cúpula e R$250 para a base) e da gratificação aos servidores da sede da Secretaria da Saúde são as mais polêmicas e as que mais estão recebendo resistência. Uma chuva de e-mails, de todos os lados, estão enchendo as caixas postais do deputados estaduais.

Bauer deixa SC entre os piores salários no magistério

O secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer (O Hipócrata), vai sair de sua pasta deixando Santa Catarina em 18º lugar no ranking de salários recebidos pelos professores estaduais. A pesquisa foi feita pelo jornal "Folha de São Paulo" (link para assinantes) e publicada no dia 1º de abril com base nas informações oficiais das secretarias de educação e sindicatos do magistério. SC está à frente de apenas nove estados.

Pela pesquisa, o salário base do professor catarinense é de R$ 1.658, em uma jornada de 40 horas semanais, saindo por R$ 10,36 a hora-aula. A hora-aula do magistério de SC fica atrás de estados mais modestos economicamente como Maranhão, Tocantins, Pará e Alagoas.

A maior hora-aula é de Roraima com R$ 24,19. Já o maior salário base é do Distrito Federal com R$ 3.386.

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