Explica-se: o projeto nada mais é que uma mudança - inclusão dos Estados do Rio de Janeiro e de Rondônia - na Lei de Anistia (12.191/2010) que beneficia militares que participaram de atividade reivindicatória.
Como o ex-governador LHS não aplicou a mesma lei em Santa Catarina e - pior - questionou a legalidade da anistia junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), preferiu fugir da votação para não se comprometer.
Se votasse a favor, seria incoerente com sua postura em relação à aplicação da anistia aos militares catarinenses. Se se posicionasse contrário, sofreria grande crítica da opinião pública e dos próprios senadores, incluindo os seus companheiros peemedebistas - que votaram, por unanimidade, a favor da anistia.
Achou a solução mais fácil: a abstenção.
O senador Luiz Henrique trabalha para construir sua candidatura à Presidência do Senado: um dia acende uma vela para uma santa (quando elogia a ministra Ideli Salvatti - PT) e outro dia, para outro santo (quando prestigia o aniversário de Fernando Henrique Cardoso - PSDB).
No caso da anistia, tomar partido favorável ou contrário seria um risco para suas pretensões.
Quarta-feira, 6 de julho, completa 539 dias sem cumprimento da anistia em SC.