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10 de jun. de 2009

Assembléia Legislativa de cara nova


A Assembléia Legislativa está de cara nova. Ou melhor, o site da Alesc apresentou essa manhã novo projeto gráfico. Agora é um portal. Mais dinâmico e mais bonito.

Pelo menos desde o começo do ano passado, o ex-presidente Júlio Garcia já queria apresentar o novo portal. Mas isso só foi possível agora, e ainda na gestão do deputado Jorginho Mello.

5 de jun. de 2009

Ele é o cara

Gaúcho de Passo do Sobrado, o técnico do time mais paulistano é escolhido é 4º melhor técnico do mundo em escolha feita pela CNN Internacional, no período agosto de 2008 e maio de 2009 - correspondente à temporada européia, claro.

Mano Menezes comandou a campanha impecável do Corinthians na Série B do Campeonato Brasileiro, e conquistou a ascenção com várias rodadas de antecedência. Já chegou a duas finais da Copa do Brasil e conquistou invicto o Campeonato Paulista de 2009 - o mais difícil certame regional do país.

Nesse período de 10 meses, sua campanha no time Timão teve 55 jogos, com 31 vitórias, 19 empates e apenas 5 derrotas. Ou seja, um aproveitamento de 67,8%.

Moderno, Mano tem um site pessoal, twitter e outras parafernálias. Chega ao ponto de ter a transparência em divulgar seu desempenho no Corinthians para qualquer pessoa avaliar. Não é do tipo arrogante e trata a todos - torcedos e imprensa, em especial - com atenção e respeito.

O técnico corinthiano ficou atrás apenas de:
- Josep Guardiola, do Barcelona (campeão do Campeonato Espanhol e da Liga dos Campeões), com 87,6% de aproveitamento;
- Alex Ferguson, do Manchester United (vice-campeão europeu e Campeonato Inglês), 75%;
- José Mourinho (campeão italiano), do Inter de Milão, com 67,9%.

Confira sua campanha total no Corinthians

Jogos: 106
Pontos ganhos: 219
Vitórias: 63
Empates: 30
Derrotas: 13
Aproveitamento: 68,9%





Fotos: © Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

3 de jun. de 2009

Esclarecimento: comentários

Este blog tem recebido dezenas de comentários dos agentes da segurança pública. É uma pena que o espaço está sendo usado para lavação de roupa suja. É sabido que se tem muita roupa suja para lavar, mas, de agora em diante, vou pedir para que os comentários tenham nome e sobrenome, para que cada um assuma seu ponto de vista e sua parte na responsabilidade da discussão.

Esse blog tem nome "Blog do Tupã" e é assinado por Alexandre Brandão.

Muito obrigado.

É a hora da negociação?

Em janeiro de 2009, logo após as manifestação da Aprasc e seus familiares, o governador instituiu o coronel Eliésio Rodrigues (comandante da PM) como interlocutor governista e representante de todos os militares para negociar questões salariais. Estava terminado um período em que o governador Luiz Henrique da Silveira se dirigia diretamente ao representantes de classes. Representou o fim de um ciclo de respeito aos servidores e atitude democrática.

Na noite de 8 de janeiro, questionado pelo jornalista Marcelo Fernandes do programa "Jornal da Noite" da Rádio Guarujá, o comandante garantiu que chamaria as entidades representativas para sentar à mesa de negociação. "Semana que vem eu reúno novamente esses órgãos que acabei de citar", respondeu o coronel se referindo às entidades representativas, com exceção da Aprasc, que não seria chamada pois está "sub judice". A única reunião que aconteceu, pelo menos divulgada publicamente, foi no dia anterior da entrevista.

Quase cinco meses depois, o próprio comandante confirmou, em comentário nesse blog, que há uma movimentação para garantir "tratamento igualitário" entre todos os policiais militares e civis, na oportunidade da discussão do Plano de Carreira da Polícia Civil.

Não seria a hora de chamar as entidades para a mesa de negociação, afinal, agora, está em jogo a redução dos salários da maior parte dos servidores da segurança pública?

Ouça a entrevista do coronel Eliésio Rodrigues, comandante da Polícia Militar de Santa Catarina. É uma conversa longa, mais de 20 minutos, a qual reproduzo apenas o trecho a seguir:


1 de jun. de 2009

O plano de carreira da Polícia Civil

Está chovendo mensagens com apelos dos policiais civis, nos gabinetes dos deputados estaduais, pedindo a aprovação do projeto do plano de carreira. A maioria dos e-mails são de profissionais da base, alguns poucos de delegados. Mas qual plano de carreira é pedido para aprovar?

Na verdade, poucas pessoas sabem ao certo o conteúdo desse projeto, anteprojeto ou rascunho.

Foi divulgado que os deputados da base aliada receberam o texto - cuja versão final será entregue oficialmente até o dia 9 de junho. Mas, em alguns gabinetes, essa informação não se confirma. Outros dizem que apenas o deputado Elizeu Mattos, líder do governo, tem o projeto em mãos.

O Sintrasp, que diz ter o projeto, não publicou em seu site. Apenas disponibiliza aos representantes regionais do sindicato, que podem ser procurados por quem se interessar por uma cópia.

A Adepol/SC nem toca no assunto, quanto mais publicar no site.

Esse blogueiro foi atrás e conseguiu uma versão - é a digitalização da cópia da cópia. Certamente essa não é a versão final nem a inicial. Houveram muitas movimentações e modificações. A última promovida pelo oficialato. Mas é conteúdo divulgado a seguir é suficiente para entender o espírito da coisa.

O pulo do gato do projeto está, nessa versão, no artigo 61, que revoga o artigo 27 da Lei Complementar 254/2003. Ou seja, o fim da relação de quatro vezes entre o maior e o menor salário - tudo que a cúpula das instituições de segurança pública (oficiais e delegados) mais desejam. O que a ação direta de inconstitucionalidade dos delegados não fez o plano de carreira dos policiais civis pode fazer.

O curioso é esse mistério que envolve o projeto, se é tão bom e vantajoso para a categoria, por que não apresentar de forma clara e transparente para toda a categoria?

Clique aqui ou aqui para baixar versão do anteprojeto do Plano de Carreira da Polícia Civil.

Sobre coincidências e a Lei 254


Vítima de sua ingenuidade e de uma série de acasos, Forrest Gump (Tom Hanks) consegue se tornar personagem dos principais eventos políticos dos EUA na década de 70. Ele ganha medalha de herói da Guerra do Vietnã e acaba denunciando Richard Nixon no caso Watergate. Participa de comício pacifista e ainda fica milionário pescando camarão. A ficção é contada no filme "Forrest Gump - O Contador de Histórias".

Mas, na vida real, e no caso da Lei 254, as histórias são movidas por interesses. E, um certo dia, uma confluência de interesses distintos - e quem sabe antagônicos - foi suficiente para se promover a confecção de uma lei que criasse uma lógica, um ordenamento e uma paridade entre os diversos grupos da área da segurança pública catarinense.

Depois, em outro certo dia, os interesses que caminhavam em um leito só, dividiu-se em alguns afluentes. E os delegados da Polícia Civil, quem sabe no papel de Forrest Gump, questionaram na Justiça a constitucionalidade da escala vertical. Ganharam parcialmente.

O Supremo Tribunal Federal manteve o artigo 27, que é o espírito da Lei 254, e o ponto mais rejeitado pela cúpula.

(Art. 27. Com base no disposto no art. 23, incisos II e III da Constituição do Estado, fica estabelecido que, excluídas as vantagens pessoais, a relação de valores entre a maior e a menor remuneração do Sistema de Segurança Pública será de quatro vezes.)

Mas quebrou os artigos 11 e 12, que representa todo os itens de aumento salarial que os servidores da segurança pública ganharam nos últimos cinco anos e meio. Entre eles, o aumento em 93,81% do adicional de atividade policial, bombeiro e agente prisional. Também quebrou o parágrafo 1º do artigo 10, que tabela os vencimentos e os soldos.

Com excessão dos delegados
, que têm seus vencimentos contemplados no artigo 15 - o qual permaneceu intacto -, todos os servidores terão seus salários cortados significativamente, caso o Executivo permaneca na inércia.

A decisão do Supremo foi divulgada, em 4 de fevereiro, quando A Aprasc estava em mobilização pelo cumprimento integral da Lei 254, e esperando metade dos 93,81%. E o acórdão publicado exatamente um dia após o julgamento que absolveu o governador. Mais: depois de já estar prontas as folhas de pagamento. E, por fim, com um mês posterior em que a Assembléia Legislativa vai estar com as atividades reduzidas por causas das audiências públicas do orçamento regionalizado. E o que uma coisa tem a ver com outra?

A publicação se deu no momento político em que o governador estaria mais forte, a Assembléia Legislativa mais fraca e ainda sem prejuízo às folhas de pagamento. Nota da Adepol/SC, publicada em 28 de maio, reforça o potencial de LHS, classificando-o de "administrador público de excelência" e "cumpridor de seus compromissos". Em fevereiro, o governo ainda sangrava diante da paralisação dos praças, que cobravam justamente promessas não cumpridas.

Agora, Luiz Henrique da Silveira vai ter que apresentar alguma proposta às pressas, se é que já não está pronta, quem sabe uma medida provisória. E aos deputados vai restar apenas duas semanas úteis para apreciar a proposição do Executivo.

Hoje, os delegados, quem sabe ainda no papel de Gump, acusam os oficiais de interferirem no anteprojeto que eles são os protagonistas, o Plano de Carreira da Polícia Civil.

Afinal, quem mexeu no queijo de quem?

Retorno

Depois de três dias fora do Estado, prometo retomar - e atualizar - o debate que tem sido provocado por esse blog e continuado, principalmente, pelos agentes da segurança pública. Esse blog comemora a notícia - em primeira mão - da publicação da ADI que revoga parte da Lei 254, assunto que vamos retomar em breve.