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20 de mai. de 2009

Um corpo estranho na greve dos motoristas

José Ricardo Toscan de Freitas, mais conhecido como Ricardo Freitas, é apontado como assessor político do Sintraturb. Ele não é cobrador, nem motorista, portanto não é diretor do sindicato, mas é quem dirige a greve, concede entrevistas e fala em nome da categoria. É, de fato, a liderança política dos motoristas e cobradores.

Ex-bancário, o líder terceirizado já foi candidato a vereador da Capital pelo PT, em 2000, e recebeu 1.362 votos. Pelo menos desde essa época, ele já respondia como assessor do antigo Sindmoc. Já foi também representante dos trabalhadores no Conselho Municipal de Transporte (CMT).

Qualificado, Freitas tem curso superior e certamente está numa etapa acadêmica mais elevada que a maioria dos cobradores e motoristas. Como assessor, deveria contribuir politicamente com os diretores, de forma pedagógica, e não tomar o lugar deles.

Cesar Valente escreveu sobre a relação muito esquisita entre a greve e os patrões. Por ora, deixo essa parte com os adeptos da teoria da conspiração. Estranho mesmo é a influência que Ricardo Freitas exerce no sindicato.