A crise gerada no Estado do Maranhã depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral de cassar Jackson Lago (PDT) gerou um fértil debate na imprensa local. Posto a seguir três textos interessantes, os dois primeiros sobre o clã Sarney e o segundo sobre as oposições à família. Importante destacar que lá a imprensa também age em clima Fla-Flu.
Clique nos títulos para ler a íntegra.
Jornal Pequeno: Editorial - O Faraó e a cassação de Lago
"Voltando pela terceira vez à presidência do Congresso Nacional, com grande alegria, há uma semana viu o clã, que havia sido derrotado em 2006 nas eleições estaduais, voltar ao poder pela cassação do governador Jackson Lago. Nele foi entronizada a filha Roseana Sarney. O Tribunal Superior Eleitoral acolheu as razões alegadas de abuso do poder econômico que teria sido praticado na campanha eleitoral que lhe infligiria a primeira derrota em 40 anos de domínio absoluto. Derrotada a filha querida, o patriarca Sarney acionou o seu dispositivo poderoso, certo de que seria vitorioso."
Jornal Pequeno: Editorial - Os defuntos deixaram as covas
"Dava para se sentir num Coliseu redivivo. Antigos gladiadores do grupo Sarney, aparentemente mortos para a posteridade, ressurgiram nos corredores da Assembléia Legislativa, alguns envergando ternos novos e gravatas francesas, outros cheirando a naftalina e perfume de quinta, mas todos dando a impressão de que uma corte de defuntos acabava de deixar as covas.
Gente que o Maranhão não via há muito tempo e da qual não tinha boas recordações transitava com caras de múmias, todas querendo um abraço, todas querendo um afago, todos exigindo um mimo de Roseana Sarney, Sarney Filho e Ricardo Murad."
Blog do Gilberto Lima: Ex-governador desocupa o Palácio dos Leões
"Volto a repetir: o erro de Jackson foi não governar. Foi se deixar governar por Aziz Santos e outros. Deu as costas à muitos aliados, que trilharam caminhos com ele nos momentos mais difíceis da luta para chegar ao poder. Foi, no mínimo, ingrato. Assim como foi ingrato com os professores, policiais e demais servidores públicos. Perdeu o apoio de categorias que tiveram participação direta na eleição dele."
Cabeçalho 1
18 de abr. de 2009
15 de abr. de 2009
E a Lei 254?
Parece que o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) não tem mesmo sorte com esse número.
Não se trata da lei dos salários da segurança pública, mas do projeto de lei que trata da avaliação integrada da bacia hidrográfica para fins de licenciamento ambiental. O PL 254/2008, de origem do Executivo, de apenas seis artigos, ganhou durante a tramitação uma emenda do deputado Pedro Uczai (PT) - objeto do veto parcial do governo.
Como rara vezes acontece, a Assembléia Legislativa derrubou o veto do governador, em votação secreta. Um recado, tímido, para o governador e o presidente da SC Parcerias, Ivo Carminati. Ou, na era das comunicações, a votação representa um sinal de fumaça.
ATUALIZAÇÃO ÀS 18h52min
Em tempo, a emenda do deputado petista estipula pagamento de royalties de 1% para o cofre do Estado. O objetivo é usar o dinheiro da cobrança em ações de preservação na região onde estão situadas as usinas hidrelétricas. Com essa iniciativa, Uczai espera que haja a construção de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável, bem como a compensação econômica pelo uso da água.
Não se trata da lei dos salários da segurança pública, mas do projeto de lei que trata da avaliação integrada da bacia hidrográfica para fins de licenciamento ambiental. O PL 254/2008, de origem do Executivo, de apenas seis artigos, ganhou durante a tramitação uma emenda do deputado Pedro Uczai (PT) - objeto do veto parcial do governo.
Como rara vezes acontece, a Assembléia Legislativa derrubou o veto do governador, em votação secreta. Um recado, tímido, para o governador e o presidente da SC Parcerias, Ivo Carminati. Ou, na era das comunicações, a votação representa um sinal de fumaça.
ATUALIZAÇÃO ÀS 18h52min
Em tempo, a emenda do deputado petista estipula pagamento de royalties de 1% para o cofre do Estado. O objetivo é usar o dinheiro da cobrança em ações de preservação na região onde estão situadas as usinas hidrelétricas. Com essa iniciativa, Uczai espera que haja a construção de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável, bem como a compensação econômica pelo uso da água.
Olhar maroto
8 de abr. de 2009
Feriadão
Herneus governador?
Uma tese que o PT está disseminando pela Assembléia Legislativa:
A demora do Parlamento em escolher a vaga deixada pelo ex-conselheiro José Carlos Pacheco (Tribunal de Contas do Estado) é motivada pelo risco do governador perder o cargo depois de decisão do TSE. Quer dizer, se Luiz Henrique for cassado, o candidato consenso para o TCE poderia ser o governador a ser eleito pela Assembléia Legislativa para o mandato tampão até 2010.
O problema da tese é que não leva em conta o prazo da escolha do conselheiro para o TCE e o rito de julgamento do TSE - o último muito mais vagaroso.
A demora do Parlamento em escolher a vaga deixada pelo ex-conselheiro José Carlos Pacheco (Tribunal de Contas do Estado) é motivada pelo risco do governador perder o cargo depois de decisão do TSE. Quer dizer, se Luiz Henrique for cassado, o candidato consenso para o TCE poderia ser o governador a ser eleito pela Assembléia Legislativa para o mandato tampão até 2010.
O problema da tese é que não leva em conta o prazo da escolha do conselheiro para o TCE e o rito de julgamento do TSE - o último muito mais vagaroso.
6 de abr. de 2009
É o fim da biblioteca da Alesc?
Trago pra cá texto do Fábio Brüggmann, chupado do blog do Moacir Pereira. Amanhã vou procurar mais informação sobre o assunto.
A biblioteca da Assembleia Legislativa de Santa Catarina tem um qualificado acervo na área jurídica e de humanas em geral. Porém, a qualificada fome dos parlamentares, mais voluptuosa que numa traça, eliminará todos os papéis ali existentes. O local, que hoje abriga exemplares valiosos, cederá espaço para mais um restaurante. No lugar de estantes e livros (doados para uma instituição), poderão surgir balcões de buffet e pratos variados, ambos para matarem a fome e proporcionarem as tradicionais sobremesas dos conchavos legiferantes.
Segundo informações da "rádio corredor" as bibliotecárias já estão atrasadas na confecção do féretro que alojará os livros. A biblioteca, que sempre recebe muitas visitas diárias, se resumirá num espaço de acervo digital.
Não acredito que o Palácio Barriga Verde, com tantos locais amplos e com uma reforma prevista de ampliação, não
dará o devido tratamento aos livros que conseguiu adquirir e conservar até hoje. Tudo bem que o Centro de Memória do Poder Legislativo faz um excelente trabalho gerenciador do acervo histórico permanente, com documentos desde 1834, mas o acervo jurídico e sociológico impresso, hoje disponível e bastante consultado, não poderá ser tratado como entulho.
Nenhum(a) deputado(a), sensível à cultura, pedirá um aparte neste triste e anunciado fim?
A biblioteca da Assembleia Legislativa de Santa Catarina tem um qualificado acervo na área jurídica e de humanas em geral. Porém, a qualificada fome dos parlamentares, mais voluptuosa que numa traça, eliminará todos os papéis ali existentes. O local, que hoje abriga exemplares valiosos, cederá espaço para mais um restaurante. No lugar de estantes e livros (doados para uma instituição), poderão surgir balcões de buffet e pratos variados, ambos para matarem a fome e proporcionarem as tradicionais sobremesas dos conchavos legiferantes.
Segundo informações da "rádio corredor" as bibliotecárias já estão atrasadas na confecção do féretro que alojará os livros. A biblioteca, que sempre recebe muitas visitas diárias, se resumirá num espaço de acervo digital.
Não acredito que o Palácio Barriga Verde, com tantos locais amplos e com uma reforma prevista de ampliação, não
dará o devido tratamento aos livros que conseguiu adquirir e conservar até hoje. Tudo bem que o Centro de Memória do Poder Legislativo faz um excelente trabalho gerenciador do acervo histórico permanente, com documentos desde 1834, mas o acervo jurídico e sociológico impresso, hoje disponível e bastante consultado, não poderá ser tratado como entulho.
Nenhum(a) deputado(a), sensível à cultura, pedirá um aparte neste triste e anunciado fim?
1 de abr. de 2009
Votação Código Ambiental: O trator x o nariz (VII)
Apesar de graciosa, a manifestação dos chamados "ambientalistas" contra a aprovação do Código Ambiental foi amadora, para dizer o mínimo, perto da mobilização feita pelo setor agrícola, incluindo aí uma massa de pequenos e médios agricultores e alguns grandes produtores.
Ocesc, Fetaesc e Faesc mobilizaram alguns milhares de cidadãos catarinenses, montaram uma estrutura de fazer inveja a qualquer central sindical urbana. Vai levar alguns anos para outro movimento fazer uma agitação semelhante.
Enquanto isso, quem era contra o projeto se comportou como estudantes "caras-pintadas". Usaram nariz de palhaço, mas não conseguiram reunir sequer uma centena de pessoas. Alguns especialistas e estudiosos no assunto preferiram a manifestação eletrônica, através de e-mails ou correntes repetitivas e escritas pela mesma pessoa.

Assinar:
Postagens (Atom)