O Instituto Estadual de Educação (IEE), o maior e mais tradicional colégio de Santa Catarina, tem pelo menos dois professores candidatos a vereador que participaram, em abril e maio do ano passado, do movimento que pedia a posse do diretor eleito pela comunidade.
Um dos candidatos é Elói Girardi, que foi o diretor escolhido, mas não empossado pelo secretário de Educação, Paulo Bauer (PSDB). A ironia é que Elói é candidato pelo mesmo partido do secretário. Aliás, ele já era filiado desde a época em que foi eleito pela comunidade diretor do IEE. Bauer preferiu colocar outro correligionário de sua confiança para assumir a direção.
O outro candidato integrante do grupo é o professor Gilmar Fava, que concorre pelo PCdoB.
Além de mobilizar pais, professores e alunos, o movimento pela posse do diretor eleito pela comunidade atraiu deputados, representantes do governo e lideranças políticas, como o senador Cristóvam Buarque. A eleição não foi oficial, pois não existe nenhuma lei que regulamenta o pleito, como acontece nas escolas da Prefeitura de Florianópolis. Só que também não existe lei que proíbe.
A questão era, e continua sendo, essencialmente política.
Da esquerda para a direita, em primeiro plano: Girardi, Buarque e Fava.