O governo do Estado pode conceder um reajuste linear de 7% aos servidores públicos estaduais até o final do período eleitoral. Se confirmado, o mimo vai atingir igualmente todas categorias do funcionalismo, e pode acalmar o ímpeto reivindicatório dos sindicatos.
De quebra, ainda vai calar a boca da oposição partidária no período eleitoral, leia-se PT e PP.
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Depois de passar o primeiro mandato em lua-de-mel com os servidores, Luiz Henrique da Silveira não conseguiu manter a mesma relação após a reeleição.
* É frequentemente cobrado pelos servidores da segurança pública, que querem o pagamento da Lei Complementar 254/2003, instituto criado para privilegiar a base desses servidores.
* Vive ainda em pé-de-guerra com as lideranças do magistério estadual, que, se por um lado não conseguem o almejado reajuste salarial, por outro não desistem de incomodar o Centro Administrativo. Contra a vontade dos professores, o governador editou o "Prêmio Educar" - abono de R$ 100 para os ativos em sala de aula - para desmobilizar uma fraca greve da categoria.
Mais tarde mandou para a Assembléia Legislativa agrado parecido aos inativos . A iniciativa partiu da base governista do Parlamento, incomodada com o desgaste diante dos eleitores do magistério.
* Em estado de greve, os servidores estaduais da saúde aguardam uma proposta mais concreta de reajuste salarial do governo antes de deflagrar o movimento de paralisação.
O mimo eleitoral ainda pode encontrar obstáculos nas promessas específicas, feitas nas eleições de 2006, para os servidores. Isto é, primeiro ele vai ter que pagar o que deve, e depois pagar o que deseja.