O clima político começa a ficar tenso em Honduras com a chegada de Zelaya ao seu país. O governo golpista acaba de declarar toque de recolher, em cadeia nacional de rádio e televisão, entre 4 horas da tarde de segunda-feira até às 7 horas de terça-feira. Agora em Honduras são 3h45 da tarde. A Rádio Globo, principal meio de comunicação da resistência, está com a transmissão suspensa pela internet. Frentes militares começam a chegar na capital Tegucigalpa.
Cabeçalho 1
21 de set. de 2009
Zelaya está de volta à Honduras
Deposto por um golpe militar, o presidente Manuel Zelaya retornou para o país que ele governa, nessa madrugada, informam as agências de notícias internacionais. Ele está alojado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital hondurenha. A população está concentrada em frente da embaixada e comemora seu retorno, além disso, manifestam agradeecimento ao governo brasileiro por conceder seu espaço diplomático, que não pode ser invadido pelas forças golpistas.
Zelaya já concedeu entrevista para a Rádio Globo e fez um aparecimento para a TV Maya.
Mais informações no blog Honduras é Logo Ali, do movimento homônimo e conduzido pelo jornalista Celso Martins, que deixou todos seus afazeres para se dedicar à cobertura do evento.
Zelaya já concedeu entrevista para a Rádio Globo e fez um aparecimento para a TV Maya.
Mais informações no blog Honduras é Logo Ali, do movimento homônimo e conduzido pelo jornalista Celso Martins, que deixou todos seus afazeres para se dedicar à cobertura do evento.
19 de set. de 2009
Comissão de Turismo promove nova audiência para debater a instalação de fosfateira em Anitápolis
Com o objetivo de discutir os impactos socioeconômicos e ambientais da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), a ser instalada no município de Anitápolis, a Assembleia Legislativa, por intermédio da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, vai promover a segunda audiência pública para tratar do assunto. O encontro está previsto para acontecer no dia 25 de setembro, às 16 horas, no salão paroquial de Braço do Norte, Sul do estado. A Indústria de Fosfatados Catarinense já tem uma Licença Ambiental Prévia (LAP) concedida pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma).
Abaixo, cartaz convocando comunidade para protesto contra a fosfateira, clique para ampliar:
Abaixo, cartaz convocando comunidade para protesto contra a fosfateira, clique para ampliar:
18 de set. de 2009
Comando da Polícia Militar contra-ataca 3
Na tarde de quinta-feira (17/09), o comandante geral da Polícia Militar, coronel Eliésio Rodrigues, convocou os comandantes dos cinco batalhões da Grande Florianópolis para reunião em sua sala: 4° Batalhão (Florianópolis), 7° Batalhão (São José), 16° Batalhão (Palhoça), 21° Batalhão (Continente) e 22° Batalhão (Norte da Ilha). A pauta: guarda municipal.
Comando da Polícia Militar contra-ataca 2
Foram três as autoridades que receberam documentação por parte do comandante geral da Polícia Militar pedindo providências em relação à ocorrência do dia 4 de setembro, envolvendo a Polícia Civil e a Guarda Municipal de Florianópolis. Para cada uma, o coronel Eliésio Rodrigues fez um pedido diferente:
Ronaldo Benedet, secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão
"(...) solicito a Vossa Excelência que determine a Corregedoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão a apuração destes fatos, buscando a responsabilização dos policiais civis envolvidos e que a Polícia Civil de Santa Catarina seja instada a cumprir a Constituição Federal, no que diz respeito à sua competência de atuação."
Dário Berger, prefeito Florianópolis
"(...) solicito a adoção das providências administrativas necessárias para que os Guardas Municipais envolvidos nestes fatos sejam responsabilizados e que a Guarda Municipal de Florianópolis seja instada a cumprir a Constituição Federal, no que diz respeito à sua competência de atuação."
Gersino Gerson Gomes Neto, procurador-geral de Justiça do Estado de Santa Catarina
"(...) solicito que o Ministério Público Estadual, como custus legis, adote as providências legais necessárias para que os servidores públicos envolvidos nestes fatos sejam responsabilizados e tanto a Guarda Municipal de Florianópolis quanto a Polícia Civil de Santa Catarina sejam instadas a cumprir a Constituição Federal no que diz respeito às suas competências de atuação."
Ronaldo Benedet, secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão
"(...) solicito a Vossa Excelência que determine a Corregedoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão a apuração destes fatos, buscando a responsabilização dos policiais civis envolvidos e que a Polícia Civil de Santa Catarina seja instada a cumprir a Constituição Federal, no que diz respeito à sua competência de atuação."
Dário Berger, prefeito Florianópolis
"(...) solicito a adoção das providências administrativas necessárias para que os Guardas Municipais envolvidos nestes fatos sejam responsabilizados e que a Guarda Municipal de Florianópolis seja instada a cumprir a Constituição Federal, no que diz respeito à sua competência de atuação."
Gersino Gerson Gomes Neto, procurador-geral de Justiça do Estado de Santa Catarina
"(...) solicito que o Ministério Público Estadual, como custus legis, adote as providências legais necessárias para que os servidores públicos envolvidos nestes fatos sejam responsabilizados e tanto a Guarda Municipal de Florianópolis quanto a Polícia Civil de Santa Catarina sejam instadas a cumprir a Constituição Federal no que diz respeito às suas competências de atuação."
Professores aprovam desfiliação da Andes
Notícia publicada no site da Apufsc:
Em votação que se estendeu pelo dia inteiro e cuja apuração terminou à 0h30 minutos desta sexta-feira, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina aprovaram a desfiliação da Andes e a transformação da Apufsc em sindicato autônomo. 1.040 dos 2.540 professores sindicalizados deixaram seus votos nas 23 urnas espalhadas por todas as unidades de ensino da UFSC.
Confira a seguir o resultado geral da votação:
a) A Apufsc deve se desfiliar da Andes?
Sim: 614 votos (59,04%)
Não: 403 votos (38,75%)
Em branco: 20
Nulos: 03
b) A Apufsc deve transformar-se em Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical)?
Sim: 587 votos (56,44%)
Não: 399 votos (38,37%)
Em branco: 49
Nulos: 05
Em votação que se estendeu pelo dia inteiro e cuja apuração terminou à 0h30 minutos desta sexta-feira, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina aprovaram a desfiliação da Andes e a transformação da Apufsc em sindicato autônomo. 1.040 dos 2.540 professores sindicalizados deixaram seus votos nas 23 urnas espalhadas por todas as unidades de ensino da UFSC.
Confira a seguir o resultado geral da votação:
a) A Apufsc deve se desfiliar da Andes?
Sim: 614 votos (59,04%)
Não: 403 votos (38,75%)
Em branco: 20
Nulos: 03
b) A Apufsc deve transformar-se em Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical)?
Sim: 587 votos (56,44%)
Não: 399 votos (38,37%)
Em branco: 49
Nulos: 05
17 de set. de 2009
Comando da Polícia Militar contra-ataca
O documento enviado pelo comandante geral da PM, Eliésio Rodrigues, para algumas autoridades do Estado, denunciando ilegalidade da ação da Guarda Municipal de Florianópolis, em conjunto com a Polícia Civil, é parte de um conjunto de instruções do Comando para coibir o avanço das guardas municipais. Há indicações internas de como se deve proceder diante dessas ocorrências
Mais que isso. É uma represália aos demais órgãos e carreiras da segurança pública, que estão se unindo para minar o poder dos oficiais.
A união contra o oficialato foi selada na noite do dia 29 de julho, na sala do diretor da Academia da Polícia Civil - local onde acontecia a etapa estadual da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg).
Naquela noite, várias horas foram consumidas para se traçar uma estratégia a fim de se fazer com que a diretriz da desmilitarização fosse vitoriosa. Praças da Polícia e Bombeiro Militar, principais defensores da tese, delegados, a base da Polícia Civil e as guardas municipais acordaram jogar todos seus votos e influência na desmilitarização.
O esforço de convencer a sociedade civil foi a parte mais tranquila, pois estes já sabiam muito bem que não faz mais sentido, nos dias de hoje, uma polícia militarizada.
Esquema
Os oficiais já haviam feito o trabalho, nos grupos de discussão, de combate à tese da desmilitarização, em primeiro lugar, e depois, em segundo lugar, a defesa da diretriz de ciclo completo para as polícias - assunto que afeta e contraria diretamente os delegados. Para isso, o Comando da PM montou um esquema para facilitar a participação do oficialato: recrutou praças fiéis aos oficiais para ocupar as vagas pertencentes à representação legítima e autônoma da categoria; convocou 76 oficiais da PM - número que representa cerca de 12% do quadro, sem contar os bombeiros; e ainda determinou "liberação total", conforme portaria assinada pelo coronel Eliésio, oferecendo transporte e todas "condições necessárias".
Como todo esse esforço foi insuficiente, tiveram que se utilizar do expediente de apresentar mais representantes para votar no Conseg do que tinham direito. Essa manobra foi percebida pelos delegados, e a comissão organizadora teve que pedir aos oficiais que não tinham direito de voto que, gentilmente, deixassem de votar ou, simplesmente, se retirassem das salas. Isso representou também uma espécie de senha para a sociedade civil tomar conhecimento das intenções de cada grupo.
Ausentes na reunião, os peritos do Instituto Geral de Perícia, que no dia anterior estavam alinhados aos oficiais, por telefone, receberam forte crítica do grupo e foram convencidos a mudar de lado. Até porque os servidores do IGP tinham interesse em ver aprovada a diretriz de independência do órgão, dessa forma também precisavam de apoio. Chegou-se a cogitar que os delegados iam defender a volta do Instituto ao guarda-chuva da Polícia Civil, caso os peritos não apoiassem a desmilitarização. Eles fizeram a opção contra os oficiais.
Os guardas municipais também receberam apoio às suas demandas, e união foi vitoriosa: a desmilitarização foi a diretriz mais votada, e a do ciclo completo não recebeu sufrágio suficiente para ficar entre as 12 mais votadas. Os oficiais amargaram essa derrota, e agora, ao que tudo indica, estão indo à desforra.
Mais que isso. É uma represália aos demais órgãos e carreiras da segurança pública, que estão se unindo para minar o poder dos oficiais.
A união contra o oficialato foi selada na noite do dia 29 de julho, na sala do diretor da Academia da Polícia Civil - local onde acontecia a etapa estadual da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg).
Naquela noite, várias horas foram consumidas para se traçar uma estratégia a fim de se fazer com que a diretriz da desmilitarização fosse vitoriosa. Praças da Polícia e Bombeiro Militar, principais defensores da tese, delegados, a base da Polícia Civil e as guardas municipais acordaram jogar todos seus votos e influência na desmilitarização.
O esforço de convencer a sociedade civil foi a parte mais tranquila, pois estes já sabiam muito bem que não faz mais sentido, nos dias de hoje, uma polícia militarizada.
Esquema
Os oficiais já haviam feito o trabalho, nos grupos de discussão, de combate à tese da desmilitarização, em primeiro lugar, e depois, em segundo lugar, a defesa da diretriz de ciclo completo para as polícias - assunto que afeta e contraria diretamente os delegados. Para isso, o Comando da PM montou um esquema para facilitar a participação do oficialato: recrutou praças fiéis aos oficiais para ocupar as vagas pertencentes à representação legítima e autônoma da categoria; convocou 76 oficiais da PM - número que representa cerca de 12% do quadro, sem contar os bombeiros; e ainda determinou "liberação total", conforme portaria assinada pelo coronel Eliésio, oferecendo transporte e todas "condições necessárias".
Como todo esse esforço foi insuficiente, tiveram que se utilizar do expediente de apresentar mais representantes para votar no Conseg do que tinham direito. Essa manobra foi percebida pelos delegados, e a comissão organizadora teve que pedir aos oficiais que não tinham direito de voto que, gentilmente, deixassem de votar ou, simplesmente, se retirassem das salas. Isso representou também uma espécie de senha para a sociedade civil tomar conhecimento das intenções de cada grupo.
Ausentes na reunião, os peritos do Instituto Geral de Perícia, que no dia anterior estavam alinhados aos oficiais, por telefone, receberam forte crítica do grupo e foram convencidos a mudar de lado. Até porque os servidores do IGP tinham interesse em ver aprovada a diretriz de independência do órgão, dessa forma também precisavam de apoio. Chegou-se a cogitar que os delegados iam defender a volta do Instituto ao guarda-chuva da Polícia Civil, caso os peritos não apoiassem a desmilitarização. Eles fizeram a opção contra os oficiais.
Os guardas municipais também receberam apoio às suas demandas, e união foi vitoriosa: a desmilitarização foi a diretriz mais votada, e a do ciclo completo não recebeu sufrágio suficiente para ficar entre as 12 mais votadas. Os oficiais amargaram essa derrota, e agora, ao que tudo indica, estão indo à desforra.
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