Programada para maio, a eleição para a diretoria da Associação de Oficiais Militares de Santa Catarina (Acors) já tem sua chapa de oposição. O grupo tem como cabeça de chapa o tenente-coronel Roberto Vidal da Fonseca. A chapa ainda contém os tenentes-coronéis Cajueiro, Darela e Daniel e os majores Marafiotti, Jansen e Norberto. Quem ocupa os outros oito cargos da diretoria executiva ainda estão para ser decididos.
Depois de reuniões na Praia de Pinheira, em Palhoça, o grupo resolveu fazer oposição à atual presidência - ora ocupada pelo coronel Marlon Jorge Teza. Para a oposição, apesar dos avanços de Teza, a gestão sofre de falta de "ação prática" e de encaminhamento das propostas do oficialato.
O coronel Marlon é um dos mais proeminentes oficiais de Santa Catarina e do país, tanto que é presidente da Federeção Nacional de Entidades de Oficiais Militares (Feneme). Mas ele não conseguiu resolver satisfatoriamente a situação salarial da categoria. O oficialato sonha com a isonomia salarial com os delegados da Polícia Civil.
O presidente da Acors almejava ocupar o cargo de comandante-geral da Polícia Militar catarinense, mas foi desautorizado pelo governador depois de se posicionar firme contra o tratamento desigual dado aos delegados, chegando a publicar outdoors cobrando compromissos de Luiz Henrique da Silveira e do secretário da Segurança Pública.
Na verdade, para boa parte dos oficiais, essa postura foi insuficiente. Era preciso ações mais contundentes. Pior: majores, capitões e tenentes se sentiram traídos pelos coronéis e tenentes-coronéis, que abandonaram o briga com o governo depois da extinção do teto salarial.
Teza também poderia ocupar a comandância durante o governo de Leonel Pavan, mas até isso deu errado com a crise envolvendo o vice-governador.
Para março, está prevista a retomada das negociações da Acors com o governo para obter, de uma vez por todas, o abono de R$ 2 mil conquistado pelos delegados em dezembro do ano passado. É a última chance de Teza.
Cabeçalho 1
12 de fev. de 2010
11 de fev. de 2010
Dagomar na frigideira do PDT
O objetivo da fritura é alavancar a candidatura a deputado estadual de Rodrigo Minotto, coordenador estadual do Sistema Nacional de Empregos (Sine), ligado à Secretaria de Estado da Assistência Social.
Durante os últimos três anos, o deputado de Brusque foi fiel ao grupo liderado por Manoel Dias, presidente do partido, que hoje controla boa parte da sigla.
Foram ainda as posições favoráveis de Dagomar ao governador Luiz Henrique da Silveira que garantiram o emprego da esposa de Maneca, Dalva de Luca Dias, na Secretaria de Assistência Social, já que ele não podia contar com o líder do partido, deputado Sargento Soares, para ser aliado do governo.
Nos bons e maus momentos, o deputado operou com Maneca e, agora, está sendo descartado com vista à eleição de um aliado ainda mais próximo.
Apesar da faca cravada nas costas, Dagomar não se abala, devido à baixa densidade eleitoral da direção do partido. "Somando todos não dá 5 mil votos", disse um aliado do deputado, citando o casal Dias, Minotto e Luis Viegas, delegado regional do Ministério do Trabalho.
PMDB em choque

Os peemedebistas Edison Andrino e Manoel Mota se estranharam nessa quinta-feira (11) no Plenário. Enquanto o primeiro queria discutir os problemas do PMDB com as portas abertas e escancaradas, o segundo queria que o debate ficasse apenas entre quatro paredes.
Não adiantou muito o esforço de Mota. Desde o começo da semana, Andrino está em batalha contra a direção do partido em Florianópolis, em defesa da candidatura de Eduardo Pinho Moreira, ex-governo e presidente estadual do PMDB, e contrário à pré-candidatura de Dário Berger, prefeito da Capital.
9 de fev. de 2010
Recesso: aviso aos navegantes
Sobre a inoperância do blog, esclareço que as atualizações não foram feitas, conforme promessa no post anterior, pelo difícil acesso à internet em Cuba. Não porque haja censura ou coisa do tipo, mas porque eu não tinha muita disponibilidade de acesso devido ao bloqueio econômico dos Estados Unidos, que impede a ilha ter de acesso aos cabos submarinos de fibra ótica. No país, por enquanto, o acesso é via telefone (muito lento) e satélite (muito caro). Nos próximos dias, publicarei mais sobre o prometido.
17 de jan. de 2010
Cuba
[GUARULHOS] Este blogueiro embarca neste domingo (17) para Havana, Cuba, com o objetivo de participar da 17ª Brigada Sul-americana de Solidariedade, promovida pelo Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap). Na medida do possível vamos publicar informações sobre essa viagem.
A programação acontece entre os dias 24 de janeiro e 7 de fevereiro nos estados de La Habana, Ciudad de La Habana, e Cienfuegos. Serão 14 noites: 10 no Acampamento Internacional “Julio Antonio Mella” (CIJAM), no município de Caimito, a 45 Km da Cidade de Havana e 4 noites em hotéis do estado de Cienfuegos.
Antes disso, cumpro agenda em Havana.
A programação acontece entre os dias 24 de janeiro e 7 de fevereiro nos estados de La Habana, Ciudad de La Habana, e Cienfuegos. Serão 14 noites: 10 no Acampamento Internacional “Julio Antonio Mella” (CIJAM), no município de Caimito, a 45 Km da Cidade de Havana e 4 noites em hotéis do estado de Cienfuegos.
Antes disso, cumpro agenda em Havana.
15 de jan. de 2010
Agência Brasil: Leitura crítica do leitor
Esse blogueiro mandou carta para Agência Brasil, que acabou sendo publicada. Olha só:
Fonte: Paulo Machado, ouvidor da Agência Brasil
Fonte: Paulo Machado, ouvidor da Agência Brasil
Brasília - Esta Ouvidoria recebeu a seguinte mensagem do leitor Alexandre Brandão sobre a notícia Lula sanciona lei que cria gratificação por risco de vida para PMs e bombeiros do DF, publicada dia 6 de novembro às 19:57:
“Assunto: Mais jornalismo e menos porta-voz”
Caro ouvidor,
Sou um leitor assíduo da Agência Brasil e também um grande apoiador da idéia e do formato. Também aprecio muito o caráter multimídia e as várias ferramentas disponíveis, que ajudam muito os demais meios de comunicação. Entendo a agência como um órgão público de Estado e não do governo de plantão - e respeito muito essa postura. Poucos países tem uma mídia semelhante como essa, principalmente na América Latina. Por isso, é preciso reconhecer a iniciativa do atual governo ao tomar a iniciativa de criar a agência, e depois a EBC.
No entanto, acho preciso tomar cuidado para a agência não se transformar em um simples porta-voz do governo. É preciso ir mais além, é preciso fazer apenas jornalismo público e de qualidade. Faço essa ressalva depois de ler um texto publicado na Agência Brasil e no portal G1 sobre a cerimônia do governo que sancionou o plano de carreira dos militares do DF.
Explico com os exemplos a seguir:
1- Na Agência Brasil, o lead da matéria em questão tratou de assunto diverso ao objetivo da cerimônia:
'Brasília - Ao sancionar hoje (6) a lei que muda o plano de carreira dos policiais militares e bombeiros do Distrito Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o Brasil conquistou credibilidade no cenário internacional. “É tanto elogio à nossa economia, à política fiscal, à geração de empregos e à política social que, às vezes, fico me beliscando para saber se é verdade o que estou ouvindo”, afirmou o presidente.'
2 - Veja como o G1 tratou do assunto no lead:
'O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (6), após sancionar lei que cria plano de carreira para policiais militares e bombeiros do Distrito Federal, pagar bons salários é o único jeito de evitar que agentes de segurança levem “propina da bandidagem”. No Distrito Federal, cada soldado da PM recebe pelo menos R$ 4 mil de salário inicial.'
3 - Quando tentou aprofundar o assunto (plano de carreira), a ABr não avançou de fato, parece que apenas reproduziu um release:
'Na cerimônia realizada em um ginásio em Brasília, com a presença de cerca de 7 mil PMs e bombeiros, o presidente também defendeu o pagamento de salários dignos para os policiais, a fim de que possam desempenhar bem às suas atividades. A lei sancionada por Lula estabelece regras para as promoções nas duas carreiras e a cria uma gratificação por risco de vida.'
4 - Já o G1, enveredou por um assunto importante para o plano de carreira dos militares:
'Ele disse ainda que é preciso resolver com as corporações da PM questão dos turnos de trabalho. Segundo ele, não é possível continuar com as escalas de trabalho por 24 horas e 72 horas de folga.
Essa história de trabalho de 24 horas por 72 horas, temos que discutir. Primeiro, achar que um ser humano pode trabalhar 24 horas sem dar uma cochiladinha é acreditar em Papai Noel. É melhor que os companheiros ganhem melhor e tenham companheiros para trabalhar oito horas por dia, durante todo o dia, declarou.'
5 - Por fim, o G1 contextualizou ainda o assunto para entender o impacto da lei sancionada:
'Segundo a PM, o novo plano de carreira permitirá a promoção de 12 mil policiais, o que resulta em reajustes salariais. Contudo, a PM não soube informar o impacto sobre a folha de pagamento.
A PM tem um efetivo de 13 mil policiais no Distrito Federal e com a aprovação também poderá contratar até mais 3 mil agentes, 1,5 mil já em janeiro de 2010. O outros serão contratados somente em 2011.'
6 - E a agência só reproduziu declarações protocolares:
'O governador do DF, José Roberto Arruda, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participaram da solenidade, na qual Lula foi aplaudido em vários momentos. Arruda agradeceu a cooperação dada pelo presidente e por Dilma para mudar o plano de carreira da PM e dos bombeiros do DF.Em seu discurso, Arruda afirmou que nunca teve problemas em pedir ajuda ao governo Lula por pertencer a um partido de oposição, no caso, o Democratas (DEM).'
Segurança pública é tema que vem recebendo bastante atenção pela sociedade e pelos leitores em geral. Por isso, poderia receber uma cobertura melhor da agência. Veja, por exemplo, qual é a matéria mais lida na Agência Câmara.
Fontes:
Agência Brasil: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/11/06/materia.2009-11-06.6536617803/view
G1: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1369672-5601,00-LULA+DIZ+QUE+PM+PRECISA+GANHAR+MAIS+PARA+NAO+LEVAR+PROPINA+DA+BANDIDAGEM.html
Mais exemplos da cobertura do assunto:
Agência Câmara: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/141862-Camara-aprova-reformulacao-da-carreira-de-PMs-e-bombeiros-do-DF.html
Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,lula-reajusta-em-684-salario-da-policia-militar-do-df,462384,0.htm
Não se trata aqui de criticar a repórter, mas a postura da agência. Obrigado pela atenção.
Alexandre, de Florianópolis”
As comparações feitas pelo leitor sobre a maneira como veículos públicos e privados cobriram o assunto dão uma dimensão de como a crítica, quando exercida de maneira atenta e imparcial, pode se aperceber de eventuais desvios editoriais que comprometem a qualidade da informação. Se tivéssemos mais leitores como Alexandre, talvez o trabalho da Ouvidoria se tornasse dispensável.
Há apenas uma pequena reparação que devemos fazer às suas observações. A Agência Brasil havia publicado uma outra matéria sobre o assunto uma hora antes: Lula diz que bom salário é a fórmula para "policial não levar propina da bandidagem". Somando as informações contidas nas duas notícias praticamente temos o mesmo conteúdo publicado pelo portal G1, com a diferença desse ultimo haver se restringido ao assunto objeto da cerimônia, como salientou o leitor. Esse é um aspecto realmente relevante e provavelmente foi o que o inspirou a nos escrever. A ele a Agência Brasil respondeu apenas: “agradecemos os comentários do leitor”.
A matéria mais completa realmente é a da Agência Câmara que apresenta detalhes do projeto, inclusive em relação aos militares inativos e a critérios de promoção.
Até a próxima semana.
RBS Notícias divulga escuta telefônica do vice-governador
Veja imagens no Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, e ouça trechos da escuta telefônica da Operação Transparência, que envolvem o vice-governador catarinense, Leonel Pavan (PSDB).
Assinar:
Postagens (Atom)