Amin, os estudantes e o PCdoB

A União Catarinenses dos Estudantes convidou os candidatos à Prefeitura de Florianópolis para assinar o "Pacto Pela Juventude", uma iniciativa do governo Lula. Apenas Esperidião Amin (PP) apareceu. Não tem problema, tampouco algum diretor da UCE estava presente na cerimônia realizada na Sala de Imprensa da Assembléia Legislativa. Apenas alguns adolescentes da recém criada Frente Secundarista de Florianópolis, assessores do candidato, jornalistas, dois deputados estaduais e alguns espias de outros partidos.

Contextualizando: a frente foi criada recentemente depois que o PCdoB perdeu a diretoria da União Catarinense dos Estudantes Secundaristas (UCES), hoje nas mãos do MR-8, facção do PMDB. A UCE também é dirigida pelo PCdoB - único partido que declarou apoio explícito a Amin.

Dia desses, a presidente da UCE declarou apoio ao candidato, e a nota foi publicada no "Diário Catarinense". Na edição seguinte, apareceu outra nota desmentindo. Mas ninguém conseguiu desmentir a carteirinha de estudantes que Amin fez como selando a aliança. Na Assembléia, o candidato voltou a mostrar sua filiação à entidade.

O PCdoB é o partido que mais tem influência no movimento estudantil, em especial na UNE, que desde a redemocratização é dirigida pelo partido. A história da UNE ficou marcada pela restistência à ditadura dos generais. Hoje, em Santa Catarina, o PCdoB apóia Esperidião Amin.

Fotos: Miriam Zomer / Divulgação Alesc

Solidão

Vez ou outra, um parlamentar se pega sozinho em Plenário. Um orador na tribuna e um outro vivente escutando. Como no caso da foto abaixo, em que o senador Eduardo Azeredo ouve o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho.



Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr (clique na imagem para ampliar)

Ou ainda, na Assembléia Legislativa catarinense, quando o deputado Décio Lima estava falando literalmente sozinho. Para as cadeiras acolchoadas e para o então presidente Dagomar Carneiro. A situação de quem está discursando é pior, não tem com quem "interagir" ou apenas direcionar o olhar.

Você pode dizer que a foto não retrata a realidade, e o ângulo está enquadrando apenas uma parte do Plenário. É possível. Mas quando o parlamentar não está sozinho ou em dupla, está acompanhado apenas por mais um ou dois.



Foto: Solon Soares/Alesc (clique na imagem para ampliar)

Ex-deputado-suplente, Pasqualini defende petista

Formado em Direito e professor titular da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), o ex-deputado-suplente Jaime Pasqualini (PP) é o advogado do candidato a prefeito de Rio do Sul, Arnaldo Ferreira (PT). O progressista assumiu uma cadeira na Assembléia Legislativa em 6 de maio e ficou dois meses no lugar do deputado Joares Ponticelli. Em 2000, ele foi candidato a prefeito de Rio do Sul.

Hoje ele defende o candidato petista, que, de candidato a vice de uma chapa derrotada, pode se tornar prefeito da cidade. Ferreira ficou na cabeça da chapa depois que Jorge Goetten (PR) abriu mão da candidatura. Com a decisão da Justiça de impugnar Milton Hobus (DEM), que registrou 29.439 votos (80,48%), Pasqualini defende que o petista assuma o cargo - e não haja nova eleição, como determinou a Justiça Eleitoral.

Corrigindo o PV

Corrigindo o post "Quem entende esses partidos?", o PV de Joinville apóia Darci de Matos - e não Carlito Mers.

Quem entende esses partidos?

Nos dois maiores colégios eleitorais de Santa Catarina, PV e PDT não se entendem.

Em Florianópolis, o PV apóia o candidato à reeleição Dário Berger (PMDB), do consórcio de partidos que apóiam o governo estadual. No primeiro turno, o partido foi vice do Nildão (PT), que fez oposição ao candidato governista.

Ainda na Ilha, o PDT, ou pelo menos a cúpula, também vai apoiar Dário. Tico Lacerda, candidato pedetista à vice com Ângela Albino (PCdoB), junto com mais sete de 11 candidatos a vereador se juntou à campanha oposicionista de Esperidião Amin (PP). A justificativa do partido do Maneca é manter a unidade dos partidos governistas, em nível estadual.

Em Joinville, o PV, que teve candidatura própria no primeiro turno com Rogério Novaes, vai apoiar Carlito Mers (PT). É o mesmo caminho que vai optar o PDT, que também teve candidatura própria com Rodrigo Bornhold. Se a lógica fosse a mesma que da Capital, o partido brizolista deveria apoiar Darci de Matos (DEM).

O interessante é que, em Joinville, os dois partidos tiveram candidaturas próprias no primeiro turno e, agora, vão apoiar candidatos contrários à tríplice aliança (PMDB + PSDB + DEM + outros).

Mauro Poste Mariani

Alguém falou ou escreveu que a popularidade de Lula elege até poste. Não foi bem assim. A popularidade e a "capacidade de articulação" de Luiz Henrique da Silveira também não elegeu. O poste no caso foi o candidato-importado a prefeito de Joinville, Mauro Mariani (PMDB) - quarto lugar na disputa.

Taxista Voltolini agradece funcionários

É preciso fazer justiça. O ex-deputado-suplente Taxista Voltolini (PPS), apesar da falta de traquejo, se despediu do Parlamento agradecendo pessoalmente os funcionários da Casa. Cumpriu, com humildade, no dia de reabertura dos trabalhos, um roteiro de visita aos setores. Vai deixar saudade. Para alguns funcionários de gabinete, outros deputados-suplentes, ao contrário, já vão tarde.

Em tempo: Voltolini não conseguiu se eleger prefeito de Benedito Novo. Ficou com 23,95% dos votos válidos e seu concorrente, 76,05%.