Cabeçalho 1
24 de mar. de 2010
Lei da Anistia causa 'mau súbito' no Comandante
Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
Coronel Eliésio recua
Em entrevista à Rádio CBN-Diário, o tenente-coronel Newton Ramlow, comandante do 4º Batalhão, afirmou que a decisão de impedir a participação das torcidas organizadas no clássico do próximo final de semana vai ser revista pelo comandante-geral da Polícia Militar. O motivo é a pressão das torcidas do Avaí e Figueirense. Na semana passada, o coronel Eliésio Rodrigues havia proibido as organizadas. Questionado pelo jornalista Mário Motta se a PM tem condições de fazer a segurança do clássico, Ramlow respondeu: "Já somos doutores em fazer a segurança em jogos entre Avaí e Figuerense".
Então tá.
Então tá.
23 de mar. de 2010
Luiz Henrique solitário
O governador Luiz Henrique da Silveira está encurralado. No ocaso de seu governo, está sozinho. Dentro de seu próprio partido ninguém o escuta mais. Para implodir a candidatura própria do PMDB, lançou o neonato peemedebista Dário Berger - aquele que de vez em quando governa Florianópolis.
Abre parêntese. Seu intento é manter a tríplice aliança (DEM, PSDB e PMDB) para facilitar sua candidatura ao Senado Federal. Com os Democratas na cabeça da chapa majoritária. Esse é o acordo acertado no passado - não muito distante - entre ele e Jorge Bornhausen. Fecha parêntese.
Mas boa parte do partido não gostou da atitude. Aliás, boa parte do partido não gosta de Berger. A começar pelo presidente, o ex-governador Eduardo Pinho Moreira, e o secretário-geral, deputado Renato Hinnig
Maior partido de SC e do país, o PMDB não admite não ter candidatura própria no Estado. E Pinho Moreira, depois de esquentar a cadeira da governância por alguns meses, quer voltar ao posto.
O apoio à Dário Berger é uma faca de dois gumes. Por um lado, LHS reforça sua batalha para implodir as prévias e a candidatura própria, mas, por outro, joga o PMDB nos braços da presidencíável Dilma Rousseff. Luiz Henrique já declarou antecipadamente apoio à José Serra - uma forte demonstração de apreço aos outros grandes partidos da tríplice. Mas Dário está de mãos dadas com o PT nacional da mesma forma que Pinho Moreira. Ou seja, joga com Dário para manter a tríplice, mas acaba deixando o PT nacional como única alternativa do PMDB catarinense.
Seu plano de manter a tríplice e se consagrar como candidato a senador mais votado do Estado está fazendo água. Primeiro porque seu próprio partido o desafia com o lançamento da pré-candidatura ao Senado do ex-governador Paulo Afonso, que também é aliado do governdo federal.
Segundo porque com a debandada do DEM, que não encontrou garantias de apoio no PMDB e no PSDB à candidatura majoritária de Raimundo Colombo, foi lançada a candidatura à senador do empresário e comunicador César Souza, o Pai - que já foi um dos deputados mais votados. Por fim, há ainda os candidatos da oposição: Cláudio Vignatti (PT) e Esperidião Amin (PP).
Duas vagas e cinco fortes concorrentes.
Toda essa complicação pode fazer LHS desistir do Senado.
Nos corredores da Assembleia Legislativa, escuta-se a história de que o presidente da Câmara dos Deputados e do diretório nacional do PMDB, deputado Michel Temer, ofereceu uma saída honrosa para Luiz Henrique. Lhe entrega um ministério, ele desiste da candidatura ao Senado e acaba apoiando a candidata do presidente Lula, da qual Temer quer ser vice.
Mais: com a previsão de deixar o governo no dia 24 de março, antes do julgamento do vice Leonel Pavan, marcado para o dia 30, Luiz Henrique pode afrontar o Judiciário. Com essa manobra, o processo é remetido imediatamente ao Supremo Tribunal Federal, pois Pavan assume a condição de governador titular. Assim, paga a dívida que tem com Pavan, que ajudou em sua absolvição no julgamento de 2008, mas desacata o Judiciário catarinense.
São tempos difícis para Luiz Henrique - que durante sete anos e três meses comprou novos aliados e traiu antigos amigos e agora se vê com dificuldades em conquistar uma vaga no Senado.
Abre parêntese. Seu intento é manter a tríplice aliança (DEM, PSDB e PMDB) para facilitar sua candidatura ao Senado Federal. Com os Democratas na cabeça da chapa majoritária. Esse é o acordo acertado no passado - não muito distante - entre ele e Jorge Bornhausen. Fecha parêntese.
Mas boa parte do partido não gostou da atitude. Aliás, boa parte do partido não gosta de Berger. A começar pelo presidente, o ex-governador Eduardo Pinho Moreira, e o secretário-geral, deputado Renato Hinnig
Maior partido de SC e do país, o PMDB não admite não ter candidatura própria no Estado. E Pinho Moreira, depois de esquentar a cadeira da governância por alguns meses, quer voltar ao posto.
O apoio à Dário Berger é uma faca de dois gumes. Por um lado, LHS reforça sua batalha para implodir as prévias e a candidatura própria, mas, por outro, joga o PMDB nos braços da presidencíável Dilma Rousseff. Luiz Henrique já declarou antecipadamente apoio à José Serra - uma forte demonstração de apreço aos outros grandes partidos da tríplice. Mas Dário está de mãos dadas com o PT nacional da mesma forma que Pinho Moreira. Ou seja, joga com Dário para manter a tríplice, mas acaba deixando o PT nacional como única alternativa do PMDB catarinense.
Seu plano de manter a tríplice e se consagrar como candidato a senador mais votado do Estado está fazendo água. Primeiro porque seu próprio partido o desafia com o lançamento da pré-candidatura ao Senado do ex-governador Paulo Afonso, que também é aliado do governdo federal.
Segundo porque com a debandada do DEM, que não encontrou garantias de apoio no PMDB e no PSDB à candidatura majoritária de Raimundo Colombo, foi lançada a candidatura à senador do empresário e comunicador César Souza, o Pai - que já foi um dos deputados mais votados. Por fim, há ainda os candidatos da oposição: Cláudio Vignatti (PT) e Esperidião Amin (PP).
Duas vagas e cinco fortes concorrentes.
Toda essa complicação pode fazer LHS desistir do Senado.
Nos corredores da Assembleia Legislativa, escuta-se a história de que o presidente da Câmara dos Deputados e do diretório nacional do PMDB, deputado Michel Temer, ofereceu uma saída honrosa para Luiz Henrique. Lhe entrega um ministério, ele desiste da candidatura ao Senado e acaba apoiando a candidata do presidente Lula, da qual Temer quer ser vice.
Mais: com a previsão de deixar o governo no dia 24 de março, antes do julgamento do vice Leonel Pavan, marcado para o dia 30, Luiz Henrique pode afrontar o Judiciário. Com essa manobra, o processo é remetido imediatamente ao Supremo Tribunal Federal, pois Pavan assume a condição de governador titular. Assim, paga a dívida que tem com Pavan, que ajudou em sua absolvição no julgamento de 2008, mas desacata o Judiciário catarinense.
São tempos difícis para Luiz Henrique - que durante sete anos e três meses comprou novos aliados e traiu antigos amigos e agora se vê com dificuldades em conquistar uma vaga no Senado.
Em Tangará, 13 PMs vão à julgamento
O Tribunal do Júri de Tangará realiza na próxima segunda-feira, dia 29, com início às 9 horas, o julgamento de 13 polícias militares - acusados de tentativa de homicídio praticado contra Moacir Gomes dos Campos e por homicídio qualificado consumado contra Jair de Andrade.
Segundo a acusação, no dia 26 de março de 1996, por volta das 23h, na localidade de Linha Pasqual, em Ibiam, os denunciados, motivados pelo homicídio do colega, soldado Júlio Henrique Ribeiro, tentaram matar Moacir, pensando que este era Jair, que respondia pelo crime. Percebendo o equívoco e, após render Jair, passaram a agredi-lo violentamente. Os policiais teriam-no executado, após perder os sentidos, o que o impossibilitou de qualquer ato defensivo.
A sessão do júri, em razão da quantidade de réus e do pequeno espaço físico existente no fórum, será realizada no Centro Educacional Pe. Trudo Plessers, na cidade de Pinheiro Preto.
Este é o segundo julgamento do caso. O primeiro foi anulado pelo Tribunal de Justiça, uma vez que os magistrados entenderam que os jurados julgaram o caso contrariamente às provas dos autos.
Segundo a acusação, no dia 26 de março de 1996, por volta das 23h, na localidade de Linha Pasqual, em Ibiam, os denunciados, motivados pelo homicídio do colega, soldado Júlio Henrique Ribeiro, tentaram matar Moacir, pensando que este era Jair, que respondia pelo crime. Percebendo o equívoco e, após render Jair, passaram a agredi-lo violentamente. Os policiais teriam-no executado, após perder os sentidos, o que o impossibilitou de qualquer ato defensivo.
A sessão do júri, em razão da quantidade de réus e do pequeno espaço físico existente no fórum, será realizada no Centro Educacional Pe. Trudo Plessers, na cidade de Pinheiro Preto.
Este é o segundo julgamento do caso. O primeiro foi anulado pelo Tribunal de Justiça, uma vez que os magistrados entenderam que os jurados julgaram o caso contrariamente às provas dos autos.
22 de mar. de 2010
Como escreve o nome do governador? Os Democratas não sabem
Depois de sete anos juntos, DEM e PMDB, os Democratas ainda não aprenderam a escrever o nome do governador. Na nota pública do partido, o primeiro nome do mandatário peemedebista é escrito com S e com Z:
(...)
1. Em 2006 foi formada a denominada “poli-aliança” em Santa Catarina ,visando apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) e José Jorge (PFL atual DEM) para Presidente e vice, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Leonel Pavan (PSDB) para Governador e vice, e Raimundo Colombo (PFL atual DEM) para o senado;
(...)
3. Em 2009, por iniciativa e liderança do Governador Luis Henrique, os três maiores partidos da “polialiança” e os quatro postulantes a uma candidatura comum a Governador passaram a se reunir, ficando decidido que se não fosse conseguido o consenso, no início de 2010 seria fixado um critério para que a escolha recaísse naquele que viesse a ter as melhores condições de vitória, daí se definindo a chapa majoritária;
Em tempo: o correto é Luiz Henrique da Silveira.
(...)
1. Em 2006 foi formada a denominada “poli-aliança” em Santa Catarina ,visando apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) e José Jorge (PFL atual DEM) para Presidente e vice, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Leonel Pavan (PSDB) para Governador e vice, e Raimundo Colombo (PFL atual DEM) para o senado;
(...)
3. Em 2009, por iniciativa e liderança do Governador Luis Henrique, os três maiores partidos da “polialiança” e os quatro postulantes a uma candidatura comum a Governador passaram a se reunir, ficando decidido que se não fosse conseguido o consenso, no início de 2010 seria fixado um critério para que a escolha recaísse naquele que viesse a ter as melhores condições de vitória, daí se definindo a chapa majoritária;
Em tempo: o correto é Luiz Henrique da Silveira.
18 de mar. de 2010
O PMDB sangra em público
Durante a sessão da manhã de quinta-feira 18, deputados do PMDB e PSDB na Assembleia Legislativa se uniram para atacar o secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Valter Gallina, do PMDB. Renato Hinnig (PMDB) foi o primeiro a levantar a bola, acusando Galina de usar a secretaria para atender "apenas aqueles que lhe são simpáticos".
Ex-vereador, José Natal (PSDB) reclamou que os deputados da Grande Florianópolis não são convidados para as atividades na região, como ele próprio, Hinnig e Marcos Vieira (PSDB). "Quem não manda é o governador, quem manda é o secretário", disparou.
O líder peemedebista na Alesc, Antônio Aguiar, reforçou o ataque e continuou os disparos. "Os senhores podem ficar calmos que Galina sai até o final do mês", disse sorrindo.
Ex-vereador, José Natal (PSDB) reclamou que os deputados da Grande Florianópolis não são convidados para as atividades na região, como ele próprio, Hinnig e Marcos Vieira (PSDB). "Quem não manda é o governador, quem manda é o secretário", disparou.
O líder peemedebista na Alesc, Antônio Aguiar, reforçou o ataque e continuou os disparos. "Os senhores podem ficar calmos que Galina sai até o final do mês", disse sorrindo.
17 de mar. de 2010
O jogo do faz-de-conta
Por Celso Vicenzi, do site Acontecendo Aqui
Como ficou demonstrado após o recente tiroteio na Avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis, as autoridades e a polícia podem dominar as gangues do tráfico, se assim desejarem. O Executivo, o Judiciário e o Parlamento dispõem de meios para isso. As autoridades de segurança e a polícia possuem inteligência, equipamentos e profissionais qualificados. Sabem onde estão a droga e os traficantes. É só subir os morros ou locais do tráfico e recolher armas, prender os criminosos e apreender boa parte da droga. E se fizerem um cerco aos acessos estratégicos, asfixiam financeiramente o comércio da droga, pois os traficantes não terão para quem vender. Claro que, ao mesmo tempo, deveriam implementar políticas públicas para dar oportunidades a jovens que são cooptados pelo tráfico porque têm poucas perspectivas no mundo do trabalho (falta educação, falta lazer, falta formação profissional, faltam moradias decentes, faltam políticas públicas, falta uma vida digna).
Então por que não fazem? Este é um segredo a que poucas pessoas têm acesso, mas a conclusão é óbvia: a venda de armas e drogas são dois dos três negócios mais lucrativos no mundo (o outro é a prostituição/tráfico de pessoas). Alguns dos cidadãos mais influentes e ricos, em todas as principais cidades, têm negócios de fachada, mas ganham dinheiro mesmo é com drogas e venda de armas para criminosos. Algumas autoridades, no mundo todo, são muito bem pagas para fechar os olhos. Os traficantes não são apenas esses jovens, geralmente sem escolaridade, que estão na periferia das cidades. Estes distribuem as drogas e correm todos os riscos. Quando não são mortos, acabam presos. Os maiores traficantes, no entanto, estão em postos-chaves da sociedade, ocupando cargos importantes ou desviando parte da fortuna ganha ilicitamente em negócios legalizados. Isso tem nome: lavagem de dinheiro. E explica muitas grandes fortunas, às vezes, surgidas da noite para o dia - ou vice-versa.
O enfrentamento entre a polícia e os traficantes, muitas vezes não passa de um faz-de-conta, embora muitos policiais, honestos, desejam efetivamente combater o tráfico e impor a lei. Às vezes, quando algumas gangues passam dos limites estabelecidos e trocam tiros na Beira Mar Norte, isto passa a ser inadmissível. E aí a polícia mostra, rapidamente, toda a sua eficiência. Sim, porque a violência entre as gangues é tolerada, desde que circunscrita à periferia. Dito de modo mais grosseiro: pobre morrer – até por bala perdida – é aceito, mas essa mesma violência em bairros de classe média ou alta, correndo o risco de atingir pessoas mais “importantes”, é intolerável. Em Florianópolis, pelo menos, ainda é (há cidades brasileiras em que esse limite já não é tão claro). Nesses momentos, a pronta reação da polícia, como aconteceu, com a apreensão de um grande arsenal de armas (submetralhadoras, pistolas, coletes à prova de bala e munição) é a prova de que o tráfico não é assim tão inexpugnável. Fica claro que se as autoridades quiserem é possível diminuir substancialmente a violência a que são submetidos boa parte dos cidadãos. No entanto, o discurso de parte das autoridades e da mídia, tentando convencer a sociedade, é de que é impossível acabar com a violência e o tráfico. Talvez seja impossível acabar com o tráfico de drogas, mas é possível diminuir essa absurda violência. Para que isso aconteça, nossas autoridades, em todos os escalões e poderes, teriam que enfrentar pessoas muito mais poderosas do que crianças, adolescentes e jovens de bermuda e chinelo, armados nas periferias das grandes cidades. Será que desejam?
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