Três coincidências chamam atenção no caso de exoneração do delegado Cláudio Monteiro da chefia da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil.
A primeira coincidência: a exoneração de Monteiro representa a segunda queda de delegados da cúpula da Polícia Civil, envolvidos em possíveis irregularidades, que foram empossados pelo ex-governador Leonel Pavan. O primeiro foi o ex-delegado-geral Ademir Serafim. Pavan recentemente foi inocentado pela Justiça das acusações de corrupção e violação de sigilo funcional para favorecer a Arrows Petróleo - distribuidora de combustíveis.
A primeira coincidência: a exoneração de Monteiro representa a segunda queda de delegados da cúpula da Polícia Civil, envolvidos em possíveis irregularidades, que foram empossados pelo ex-governador Leonel Pavan. O primeiro foi o ex-delegado-geral Ademir Serafim. Pavan recentemente foi inocentado pela Justiça das acusações de corrupção e violação de sigilo funcional para favorecer a Arrows Petróleo - distribuidora de combustíveis.
Há praticamente dois anos, em 23 de abril de 2010, Pavan deu posse aos delegados Serafim (delegado-geral) - recentemente preso em suposto envolvimento em jogo de azar em Balneário Camboriú - e Monteiro (diretor da Deic). O secretário da Segurança Pública na época era o também delegado André da Silveira, ex-diretor da academia. Passado o governo Pavan, Monteiro continuou na chefia da Deic, mas subordinado ao promotor de Justiça César Augusto Grubba, atual secretário.
A segunda coincidência é que os dois delegados, Monteiro e Serafim, estão se valendo do trabalho do onipresente advogado criminalista Claudio Gastão da Rosa Filho - o mesmo defensor do ex-governador Leonel Pavan no escândalo da Arrows.
A terceira coincidência é que a associação de classe dos delegados, a Adepol-SC, não se pronunciou - até agora - a favor de nenhum dos dois delegados. Nem no caso do delegado Monteiro, cuja exoneração recebeu uma enxurrada de comentários e solidariedade na internet, a associação lançou uma nota sequer. Nem mesmo no caso envolvendo o delegadado Serafim, que é membro do Conselho de Ética e "ilustre associado" da Adepol, ao lado, coincidênca, do delegado Márcio Colatto, de Balneário Camboriú.
Nos últimos tempos, o site da Adepol já publicou notas sobre política salarial, de falecimento, contra os oficias da Polícia Militar, a favor de soldados de Joinville, mas nada em solidariedade à esses dois delegados. Corporativista é um adjetivo que a Adepol não pode ser acusada.
Mas, claro, são apenas coincidências.