Estão certos os policiais que simularam uma zoofilia com uma daquelas vaquinhas enfeitadas espalhadas pela cidade? Não. E aqueles que consideram a atitude como uma "simples brincadeira"? Também não. E está certo o linchamento moral e profissional contra os militares desencadeado por setores organizados (imprensa) e desorganizados (redes sociais)? Não!
Quer dizer, por um lado há uma superdimensão do episódio - a imprensa faz barulho, a população condena e o comando da PM promete punições severas - e, por outro, há a inclinação corporativista de desprezar a "brincadeira" infeliz ou considerar que nada relevante aconteceu.
Para piorar, há ainda o uso oportunista dessa escorregada. O episódio - condenável - está sendo usado como munição por setores que querem desprestigiar e destilar ódio contra a Polícia Militar.
O polêmico assunto, no entanto, não comove apenas a população civil. Nas redes sociais dos próprios policiais militares, a "encoxada" foi mais comentada que as cerimônias - históricas - de promoção funcional.
Com essa confusão toda, a Polícia Militar literalmente brochou no dia que era para ser o mais importante dos últimos anos: 31 de janeiro de 2012.
Alexandre Silva Brandão (31/01/2012) |