Com pendências na negociação e sem retorno do governo estadual, servidores da Saúde do Estado, através do Sindsaúde, realizam quarta-feira (19) o dia de mobilização com concentração e paralisação nos hospitais.
Só na Grande Florianópolis foram encomendadas 2.500 coxinhas e em Joinville, mais de 300 salgadinhos - para lembrar ao governo que o vale-alimentação da categoria, de R$6, está congelado há mais de 10 anos, e é um dos itens da pauta que não avançou.
Outros pontos também estão sem resposta. Como a reposição da inflação de 8,33% - referente ao período de 2009 a 2010 - e abertura de concurso público.
No dia 15 de junho deste ano, a categoria da saúde conseguiu arrancar do governo uma dívida antiga não cumprida no acordo de greve, a incorporação do abono de R$16,76%. Como garantia para não decretar greve na época, a Secretaria da Saúde se comprometeu a realizar estudo dos demais itens da pauta e avançar junto com o SindSaúde nas questões em um prazo de 120 dias. Encerrado no dia 15 de outubro, a categoria volta a manifestar descontentamento e a exigir do Executivo uma posição.
Mobilização
Nesta quarta-feira (19) várias atividades marcam a manifestação da saúde no Estado.
>> Em Joinville, haverá paralisação das 7h às 14h, com concentração em frente ao Hospital Regional.
>> Na Grande Florianópolis, o ato começa com paralisação, das 7h às 10h30, no Hospital Infantil Joana de Gusmão, Nereu Ramos, Centro de Reabilitação e Ambulatório do Cepon.
>> Às 9h, os servidores do Hospital Regional de São José realizam ato.
>> Na parte da tarde, a partir das 13h, acontecerá paralisação envolvendo os hospitais Governador Celso Ramos, Maternidade Carmela Dutra e Hemosc.
O dia da mobilização da saúde é mais uma tentativa da categoria da saúde sensibilizar o governo. Todos os anos as perdas na saúde são acumuladas, e o Executivo Governo não cumpre a Lei 323/2006, não evolui nas questões que aguardam anos por solução, deixando apenas a mobilização como alternativa.
Para a diretoria do sindicato, muitos desgastes poderiam ser resolvidos na mesa de negociação, mas depende de vontade e seriedade dos que conduzem a saúde pública de Santa Catarina.