Foto: pm.sc.gov.br |
Conforme anunciam os jornais, trata-se uma tropa de "elite", composta, no início, por 120 homens, podendo se ampliar para 250 policiais, para atuar em todo território catarinense.
A nova unidade será denominada Batalhão de Choque. No entanto, legalmente vai ser um Grupamento Especial de Choque (GEChoque) até que tenha previsão na Lei de Organização Básica da PM. O novo batalhão ficará subordinado diretamente ao subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Valdemir Cabral, e vai ocupar a quase desocupada Base Operacional do Maciço do Morro da Cruz.
Movimentos sociais
Felizmente, Ramlow, que certa vez disse que "combate os movimentos sociais", agora vai ter recursos e efetivos para cumprir sua função.
O ex-major Newton não vai mais precisar se preocupar com a segurança pública das pessoas e seus bens e com o trânsito cotidiano das cidades e combater o tráfico de drogas e o crime organizado.
Segundo o jornal "Diário Catarinense", o novo batalhão vai "agir em manifestações sociais, no policiamento de grandes eventos e jogos, reintegrações de posse ou intervenções em ambientes de crise e operações em áreas conturbadas". O que "DC" quis dizer é que o novo batalhão vai ter entre suas atribuições a repressão às manifestações de trabalhadores (movimento sindical), de moradores, de estudantes e de sem-terras e sem-tetos,
É uma saída de classe para quem esteve no comando de todas as operações policiais nos últimos cinco anos e viu seu poder e efetivo diminuir com o desmembramento do 4º Batalhão, que cedeu espaço para o 21º e o 22º BPMs. Seu sonho para se tornar comandante-geral da PM fica cada vez mais próximo.
Tropa de elite
Tomada pelo comandante geral da PM, coronel Marcineiro Nazareno, a medida segue uma tendência das polícias militares estaduais. A PM catarinense, como as outras, está estagnada e, com o passar do ano, vai diminuir de tamanho, até chegar ao ponto que vai ser uma tropa pequena, bem treinada e aparelhada.
Por um lado, vai ser uma polícia mais eficiente. Por outro, vai deixar a função de segurança pública para as empresas privadas e quem puder pagar por elas. As guardas municipais também podem ficar o espólio, mas, por enquanto, não tem condições quantitativas e qualitativas e autorização constitucional para isso.