A diretoria do Sinte é proporcional, ou seja, sua composição é formada de acordo com a quantidade de votos recebidos na eleição da diretoria do sindicato. Na última disputa, concorreram duas chapas do PT, e uma chapa do PSTU e comunistas. Quem recebe mais votos, escolhe os principais cargos. Separados, os petistas perderam a eleição, mas, na composição do mandato, juntos, ficaram em maioria.
Hoje a presidência do Sinte, que é rotativa, está sendo comandada pela conhecida Joaninha de Oliveira, ferranha crítica do PT. Mesmo assim, o partido da ex-líder sindical Ideli Salvatti ainda é maioria no Sinte.
O assunto é comentado aqui porque o sindicato dos professores divulgou comunicado em que critica a principal administração municipal do PT em Santa Catarina, a de Carlito Merss em Joinville. Está sendo denunciado que o prefeito assinou convênio com o secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer (PSDB), para municipalizar as quatro unidades dos Centros de Educação Infantil (CEIs).
O Sinte até tentou convencer Merss a mudar de opinião, como não conseguiu divulgou: "a municipalização é um caminho para a privatização do ensino público; no entanto, eles preferiram dar ouvidos a Bauer e LHS".
Cabe a pergunta: o Sinte está promovendo fogo-amigo contra a maior administração petista ou o PSTU está dando pau no partido de Ideli sem a concordância dos colegas? A briga se torna ainda mais estranha porque os petistas instalados no Sinte são aliados, alguns até assessores, da pré-candidata ao governo Ideli Salvatti. E, para todos os efeitos, Joinville é a vitrine.
A propósito: municipalização pode abrir espaço para a privatização, mas não é sinônimo.